sexta-feira, 30 de setembro de 2011
IGP-M AVANÇA 0,65% EM SETEMBRO, APONTA FGV
FALTAM CORRETORES DE IMÓVEIS NO MERCADO
O trabalho é autônomo, o salário atrativo e sobram vagas de emprego para corretor de imóveis. Mas, o candidado precisa de qualificação para atuar no mercado que é muito exigente. Participação do Presidente do CRECI-GO Oscar Hugo Guimarães.
TJ-MG : CORRETOR GANHA NA JUSTIÇA DIREITO A RECEBER HONORÁRIOS
Segundo I.A.L., em maio de 2008, dois representantes da empresa proprietária dos lotes lhe concederam a autorização verbal para a venda dos lotes. O corretor afirmou que cada uma das unidades tinha preço de R$ 250 mil e que o acertado com a ES Serviços Ltda. é que ele receberia 5% sobre o valor da venda. Contudo, em julho daquele ano, um dos representantes da empresa entrou em contato com o corretor para informar que o prazo de autorização exclusiva para a venda dos lotes havia expirado e, portanto, outros corretores também passariam a negociar os imóveis.
No processo, I.A.L. afirmou que, dias depois de ser informado do fim de sua exclusividade para a venda, ficou sabendo que os lotes tinham sido vendidos diretamente pela empresa ao comprador a quem ele tinha mostrado a área. Na ação de cobrança, o corretor afirma que a atitude dos representantes da ES Serviços Ltda. foi desonesta e que o pagamento da comissão pela venda dos lotes lhe era devida.
I. alegou ainda que a inteira prestação de seu serviço só não foi concluída em razão de a proprietária dos imóveis ter procurado diretamente o comprador por ele indicado. Como cada lote foi vendido por R$ 200 mil, totalizando uma venda de R$ 4,4 milhões, o corretor argumentou que sua comissão teria de ser de R$ 220 mil.
Exclusividade
Em sua defesa, a ES Serviços Ltda. afirmou que o contrato com o corretor foi feito no início de 2007 e que a comissão combinada seria de apenas 2% sobre o valor do negócio. A empresa alegou ainda que a exclusividade do corretor terminou em meados de 2007, depois que o profissional informou que não tinha conseguido um possível comprador para os lotes. Os representantes da empresa afirmaram também que o comprador dos imóveis foi indicado, informalmente, pelo dono de uma fornecedora de peças e ferramentas da ES Serviços Ltda.
Em primeira instância, o pedido do corretor foi julgado improcedente pela juíza Maria Aparecida de Oliveira Grossi Andrade. I.A.L. recorreu, então, ao TJMG, requerendo a reforma da decisão. Em seu pedido, ele reafirmou que o seu direito de receber a comissão independe de contrato escrito, bastando que ele tenha prestado os serviços de intermediação.
Em seu voto, o relator do processo, desembargador Valdez Leite Machado, apontou que não houve contrato escrito entre as partes. Porém, o depoimento do comprador do imóvel comprova que quem primeiro apresentou os lotes a ele foi o corretor. Segundo o comprador, dois meses depois de ver o terreno, após negociações, o negócio foi fechado. Assim, comprovando o corretor que fez a aproximação entre a dona dos lotes e o comprador, sendo ele essencial para a concretização do negócio, é devida a comissão de corretagem, disse.
Votaram de acordo com o relator os desembargadores Evangelina Castilho Duarte e Antônio de Pádua.
TJ-MG - 8/9/2011
Assessoria de Comunicação Institucional - AscomTJMG - Unidade Goiás
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
VISTORIA ON-LINE
RE/MAX BRASIL MINISTRA WORKSHOP NO 4º. CONSIM
"Vamos esclarecer e tirar dúvidas dos corretores de imóveis a respeito dessa forma de negócio. É a terceira vez que participamos do CONSIM e percebemos uma tendência cada vez maior de internacionalização do mercado imobiliário. E as franquias imobiliárias proporcionam a comunicação das imobiliárias nacionais com as unidades do exterior", comenta Renato Teixeira.
O evento, promovido pelo Conselho Regional de Corretores de Imóveis - 6ª Região (PR), tem como tema A evolução do Mercado Imobiliário diante dos eventos esportivos que serão realizados no Brasil: Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
"Os eventos esportivos que o Brasil sediará são temas recorrentes nas rodas de conversas de investidores imobiliários. É necessário que os corretores de imóveis conheçam os impactos que a Copa e as Olimpíadas já estão causando no País"afirma Renato Teixeira.
A principal característica do CONSIM é analisar o trabalho do corretor de imóveis, por meio de oficinas e fórum de discussões. A organização do evento defende que a postura de um corretor de imóveis atualmente é a de um gestor de negócios imobiliários.
"Há muitos anos, o cliente necessita de um profissional instruído, que preste assessoria total: da apresentação do imóvel ao pós-venda. Para isso, o corretor deve conhecer os financiamentos disponíveis no mercado e ter noções básicas de projeto e acabamento", analisa Renato Teixeira.
A Regional da RE/MAX Paraná participa do evento com estande.
Serviço
4º Congresso Sul Imobiliário
De 29 de setembro a 1º de outubro
Workshop sobre franquias
30 de setembro, às 17h15
Local: Bourbon Cataratas Convention Resort
Rodovia das Cataratas, km 2,5 - Foz do Iguaçu
Informações à imprensa: ADS Comunicação Corporativa
Vera Santiago (11) 5090-3016 veras@adsbrasil.com.br
Patrícia Fagueiro (11) 5090-3042 patriciaf@adsbrasil.com.br
domingo, 25 de setembro de 2011
Palestra do vice-prefeito Edil Albuquerque foi a primeira com transmissão ao vivo pelo site do CRECI/MS
A palestra do vice-prefeito, Edil Albuquerque, proferida na noite de 21 de setembro no auditório do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis de Mato Grosso do Sul foi a primeira a ter transmissão ao vivo pelo site www.crecims.com.br para que os profissionais das cidades do interior também pudessem participar. E não faltaram contribuições de corretores de cidades como Naviraí, Sidrolândia, Corumbá, Dourados e Três Lagoas, que também enviaram seus questionamentos no momento em que a palestra foi aberta para debate.
Edil falou sobre “Campo Grande pronta para o futuro”. Ele apresentou a estrutura da Sedec e também falou sobre ações de infraestrutura da Prefeitura de Campo Grande e do Prodes (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande). Antes da palestra, o diretor para Assuntos de Delegado e Conselheiro Efetivo do CRECI/MS, Delso José de Souza, explicou o funcionamento da Webconferência, que possibilita a transmissão dos eventos da entidade com uma defasagem de apenas 30 segundos.
“É o CRECI/MS aderindo às novas tecnologias, valorizando os profissionais que atuam nos demais municípios, encurtando a distância que separa o Conselho dos corretores de imóveis do interior do Estado e retribuindo o carinho que recebemos durante nossas visitas a essas cidades”, disse Delso, fazendo um agradecimento especial aos delegados que divulgaram a palestra nas cidades do interior.
Próxima palestra – Na próxima terça-feira, dia 27 de setembro, haverá uma nova palestra no CRECI/MS. O ex-presidente do CRECI/SC (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Santa Catarina), Gilmar dos Santos, que além de corretor de imóveis é consultor bancário, vai falar aos corretores de imóveis sobre o “Cartão de Benefícios do Corretor VISA Gold”. O cartão traz uma série de benefícios, inclusive possibilidade de quitação de anuidade, conforme pontuação acumulada.
Delso ressalta a importância da participação dos corretores do interior do estado acessando o site do CRECI, para assistir essas palestras iniciais, bem como que os corretores informem, sobre a qualidade da transmissão, para que possam serem feitos os ajustes necessários para uma transmissão proveitosa.
Matéria enviada por Delso José de Souza
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
CITYSCAPE MOSTRA VISÃO DO INVESTIDOR INTERNACIONAL SOBRE O MERCADO IMOBILIÁRIO DO PAÍS
BOLHA IMOBILIÁRIA, REALIDADE OU ESPECULAÇÃO
BC DESCARTA FORMAÇÃO DE BOLHA NO MERCADO DE IMÓVEIS
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
DECRETO Nº. 7.565 DE 15 DE SETEMBRO DE 2011
ESPECIALISTAS DIVERGEM SOBRE O NOVO ÍNDICE DE PREÇOS DE IMÓVEIS DO IBGE
terça-feira, 20 de setembro de 2011
JOÃO BONADIO FALA SOBRE O PRIMEIRO ATENDIMENTO ATÉ O FECHAMENTO DO NEGÓCIO
O jornalista Rudson Mazzorana entrevista o Conselheiro do Sindicato dos Corretores de Imóveis no Estado de São Paulo, João Batista Bonadio, que fala como o corretor deve se comportar do primeiro atendimento até o fechamento do negócio. As imagens gravadas e editadas foram realizadas por Paulo Thiago Varasquim.
JOÃO TEODORO FALA SOBRE AVALIAÇÃO IMOBILIÁRIA NA TV O CORRETOR
Em uma entrevista exclusiva ao jornalista Rudson Mazzorana, o Presidente do Cofeci comenta a relação entre o Corretor de Imóveis e a Avaliação Imobiliária, o mercado imobiliário brasileiro e a legalização da profissão. Imagens gravadas e editadas por Paulo Varasquim.
BOLHA IMOBILIÁRIA ESPANHOLA
VALORIZAÇÃO ARTIFICIAL ACENDE ALERTA DE BOLHA EM SÃO PAULO
CORRETORES DE IMÓVEIS PODEM SER OBRIGADOS A PAGAR ATÉ 500 REAIS PARA OS CONSELHOS REGIONAIS
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
PARECER: RELAÇÃO EMPREGATÍCIA E CORRETOR DE IMÓVEIS
Sim, a simples inscrição no CRECI não implica em extinção de obrigação decorrente de relação trabalhista. Corretor habilitado pode ter vínculo empregatício desde que preenchidos os requisitos necessários à configuração da relação de emprego, tal seja - “Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário (art. 3º da CLT)”
II – Existe relação empregatícia, recebendo ele comissão-corretagem, ou trata-se apenas de um trabalhador autônomo ?
O recebimento de comissão-corretagem não implica em extinção do vínculo empregatício. Entretanto, a relação empregatícia somente se dá quando houver – a) subordinação que decorre do poder do empregador de dirigir e controlar o cumprimento da prestação do empregado e penaliza-lo, quando em desacordo com as obrigações assumidas; b) trabalho eventual não diz respeito, como poderia parecer a primeira vista, à duração ou ao tempo despendido em favor do empregador, e sim a estar a atividade incluída ou não entre aquelas inerentes aos fins normais do empreendimento; salário, a relação empregatícia é por natureza onerosa, dela resultando obrigações reciprocas, mormente contraprestação representada pela percepção de salário em forma de comissões.
III – Qual a forma mais segura para contratação de um corretor de imóvel para minha empresa?
Afim de evitar os dissabores de uma Reclamação Trabalhista a forma mais segura para a imobiliária é a contratação do corretor, mediante contrato de comissão com garantia mínima do piso salarial da categoria.
IV – Quais tipo de contratos ou documentos que devem ser firmados entre corretor e imobiliária para a garantia de uma relação sem vínculo empregatício ?
Cumpre esclarecer que inexiste lei que prevê que o corretor não é empregado. A relação sem vinculo varia de caso a caso, e se prova por fatos, daí o entendimento diversos entre vários Juizes, uns admitindo o vínculo e outros não. Entretanto pode-se ocorrer a relação sem vínculo empregatício onde por exemplo fique configurado: A) exista contrato de prestação de serviços formal; B) que o corretor em exercício seja autônomo devidamente inscrito no CRECI; C) o próprio corretor recolha regularmente seu INPS; D) que o próprio corretor recolha ISS junto à municipalidade; E) que o próprio corretor faça sua jornada de trabalho sem vínculo e interferência da imobiliária; F) Fique caracterizado e contratado a possibilidade de participação de plantões de venda; G) recebimento de comissões caso a caso em valores contratados expressamente; H) não haja o caráter de exclusividade e pessoalidade com a imobiliária.
A título de ilustração trazemos o seguinte julgado:
RELAÇÃO DE EMPREGO – CORRETORA DE IMÓVEIS – CARACTERIZAÇÃO. É empregado o corretor de imóveis que presta serviços pela empresa imobiliária, atuando na área de vendas de imóveis por ela comercializados, quando presentes os requisitos de pessoalidade, percepção de salários sob forma de comissões, não eventualidade dos serviços e subordinação, esta caracterizada pela obrigatoriedade de comparecimento à plantões e pelo exercício de atividades que beneficiam diretamente o tomador de serviços (TRT – 4ª R. Ac. Unân. Da 4º T. Julg. em 4/2/92 - RO 7.576/90 – Canoas /RS – Rel. Juiz Antonio Firmo de Oliveita Gonzales – Rekynt incorporações Ltda. Vs. Fernando Roberto Fagundes).
Fonte: Escritório de Advogados Ivan Pegoraro & Leate
ESTADOS UNIDOS: MERCADO IMOBILIÁRIO DA FLÓRIDA RUMO AO FUNDO DO POÇO
Após a onda de aquisições de imóveis no mercado imobiliário local - canadenses e sul-americanos tem sido apontados como principais compradores -, o departamento de análise do banco americano Wells Fargo identifica preços próximos a um piso.
Trata-se de uma boa notícia ao sinalizar redução do gigantesco estoque de casas à venda. Com a falta de imóveis disponíveis para a compra, a percepção é de que os preços não devem cair mais.
Considerada o epicentro da crise imobiliária nos Estados Unidos, a Flórida desperta esperanças quanto ao fundo do poço no mercado imobiliário local, segundo o Wells Fargo.
A expectativa fica por conta do crescimento na construção civil, evento fundamental para a recuperação da economia da região.
Desde o colapso da bolha imobiliária, os preços dos imóveis assumiram tendência declinante sem atingir um piso de estabilidade. Algo que agora parece estar ocorrendo.
"A recuperação da Flórida é crucial para a retomada dos Estados Unidos", sinaliza o relatório do Wells Fargo, assinado por Daniela Schumaker-Krieg, economista-chefe da instituição.
Fonte: Bárbara Ladeia (bladeia@brasileconomico.com.br)
"BOLHA IMOBILIÁRIA": O BRASIL ESTÁ LIVRE DELA!?
SÃO PAULO: VENDA DE IMÓVEIS NOVOS RECUA MAIS DE 14% EM JULHO
domingo, 18 de setembro de 2011
MÍDIAS E REDES SOCIAIS NO RELACIONAMENTO COM OS CLIENTES
DIVULGAÇÃO: SHAREIMOVEIS - A REINVENÇÃO DO MERCADO IMOBILIÁRIO
"WALL STREET JOURNAL" VÊ RISCO DE BOLHA IMOBILIÁRIA NO BRASIL
“O lado negro da ascensão do Brasil” é o título de uma longa reportagem publicada nesta terça-feira, 13, pelo “Wall Street Journal, com destaque na primeira página. O texto afirma que a entrada de capital estrangeiro pode gerar uma bolha imobiliária no País.
A lógica é simples. Os investidores estrangeiros colocam seu dinheiro no Brasil e geram duas consequências negativas: primeiro, “a abundância de recursos na economia ajuda a financiar empréstimos imobiliários de risco mais alto e alimenta uma potencial bolha imobiliária”. Segundo, a entrada de recursos fortalece a moeda brasileira, prejudicando a indústria nacional.
Bolha imobiliária
O aumento dos empréstimos a uma taxa de juros ainda alta pode elevar a indaimplência, na opinião do jornal. A reportagem cita o exemplo de uma brasileira que havia tomado quatro linhas de crédito a uma taxa de 40% ao ano e depois teve que suspender o pagamento porque seu marido teve problema no rim e precisou parar de trabalhar.
Mas há visões diferentes a respeito. “Eu não vejo uma bolha. Fluxos de capital são uma consequência natural de todas as boas notícias no Brasil”, disse ao “Journal” Fabio Barbosa, ex-presidente da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Brasil caro
Tendo os bancos muito dinheiro para emprestar, as pessoas obtêm mais facilmente dinheiro para gastar, e os preços sobem. Não só os de imóveis, mas de vários bens e serviços, “do cinema à Coca-Cola”, ou “dos carros aos preservativos”, para usar os exemplos citados no “Journal”. Ainda, os salários também aumentam.
Os preços altos geram dificuldades para as empresas. A Embraer, por exemplo, disse ao “Wall Street Journal” que quer abrir mais fábricas no exterior.
Real forte, indústria fraca
Todo capital externo, ao chegar ao País, é trocado pela moeda brasileira, que, por causa disso, se fortalece. O fato de essa reportagem ter saído justamente no dia em que o real atingiu sua maior cotação no ano não a invalida. O jornal se refere a um movimento de longo prazo, de “mudança tectônica do investimento global rumo a países emergentes”. Desde 1º de janeiro, de 2010, por exemplo, o real subiu 36% ante o dólar.
A alta do real torna mais custosa a produção de mercadorias no Brasil, reduzindo a competitividade da indústria (em junho, houve retração de 1,6%). As fábricas brasileiras perdem espaço no mercado interno e externo. Neste ano, um quinto dos carros vendidos no Brasil é importado, segundo estimativa da associação do setor; em 2005, apenas 5% eram.
Além de os consumidores comprarem mais produtos importados e menos nacionais, existem as pessoas que saem do País para fazer compras. A reportagem lembra que os brasileiros já gastaram US$ 8,5 bilhões no exterior neste ano, 60% mais que um ano antes.
Juros altos
A valorização da moeda brasileira, na opinião do “Journal”, foi uma “questão chave” para explicar por que o Banco Central reduziu ataxa básica de juros em setembro, numa decisão que surpreendeu muitos analistas. Tal decisão gera risco de estimular mais a inflação, opina o diário.
Com a taxa de juros alta, investidores tomam dinheiro emprestado no exterior, pagando juros próximos a zero, e depois aplicam em títulos brasileiros. Isso gera mais entrada de capital, aumentando o valor do real.
No entanto, “o capital que inunda um país pode rapidamente fugir dele”. Países emergentes, com isso, temem que uma catástrofe econômica no mundo desenvolvido gere uma inversão da atual tendência, provocando forte saída de recursos rumo ao mundo desenvolvido.
Por que o Brasil
Outros veículos de comunicação internacionais já haviam publicado alertas sobre bolha no Brasil, como o “Financial Times” fez em junho e julho.
O texto do “Journal”, no entanto, vai mais longe ao mostrar que a situação brasileira é particular em comparação com outros países emergentes.
A China também tem problemas com a entrada de capital internacional, como a pressão sobre o preço dos alimentos. Mas muitos investidores preferem o Brasil porque tem câmbio flutuante e um mercado sofisticado de títulos e derivativos, diferentemente do país asiático.
Ainda, o Brasil é o maior exportador de minério de ferro, carne bovina, frango, açúcar e café, além de ter o potencial do petróleo na camada pré-sal a ser explorado.
4º. CONSIM COMEÇA DIA 29 EM FOZ DO IGUAÇU
sábado, 17 de setembro de 2011
PREÇOS SOBEM EM RITMO MENOR, MAS MERCADO FAVORECE VENDA DE IMÓVEL
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
ESPECIALISTA FALA SOBRE EXPANSÃO E VALORIZAÇÃO DOS IMÓVEIS
terça-feira, 13 de setembro de 2011
CYRELA: CASE DE SUCESSO / ENTREVISTA COM GILSON F. HOCHMAN
CENTURY 21: PREÇO DOS IMÓVEIS VAI PARAR DE SUBIR
A recente valorização dos imóveis no Brasil impressiona pela rapidez. Em meia década, os preços passaram de patamares comuns a países em desenvolvimento a níveis bem próximos ou até superiores de economias ricas como os Estados Unidos – para desespero dos incrédulos que preferiram esperar mais para comprar. Apenas nos últimos 12 meses, a alta média nas sete principais capitais brasileiras foi de 30%, segundo o índice FipeZap.
Para a maior imobiliária do mundo, a Century 21, no entanto, é provável que os valores de venda comecem a se estabilizar daqui em diante. A empresa trabalha com o sistema de franquias, possui 8.800 pontos de venda em cerca de 70 países, emprega mais de 145.000 corretores e está no Brasil desde 2008. Leia a seguir os principais trechos da entrevista de Ernani Assis, presidente da Century 21 no Brasil:
EXAME.com – Para onde vão os preços dos imóveis?
Assis – Acredito que agora vão se estabilizar. Houve uma correção muito rápida dos valores, que, em minha opinião, está ligada ao período de estagnação verificado nos anos anteriores. Isoladamente, a alta assusta. Mas quem olha para o que aconteceu no mercado nos últimos 30 anos vai perceber que o preço dos imóveis subiu 1,2 vez a inflação do período. Não acho que tenha sido uma alta exagerada nem que haja uma bolha.
EXAME.com – Mas em algumas metrópoles, os preços já estão mais altos que em importantes cidades americanas…
Assis – Quem compara os preços no Brasil e nos EUA pode chegar à conclusão simplista que aqui está caro, quando sabemos que há uma forte influência do câmbio nesses números. Além disso, o mercado imobiliário americano está em um momento especialmente ruim. Eu trabalhei 10 anos nos EUA e vejo um mercado que continua muito deprimido. É até uma boa oportunidade para os brasileiros que desejam ter um imóvel lá.
EXAME.com – Se os preços no Brasil não estão exagerados, por que as vendas de imóveis novos têm despencado em cidades como São Paulo?
Assis – O que está ocorrendo é uma queda nos lançamentos. Estimamos que o total de imóveis novos que serão oferecidos ao mercado tenha uma queda de 12% menor neste ano. Mas não acho que haja alguma ligação com um possível exagero nos preços. O problema é que quase não há bons terrenos nas maiores cidades do país. A incorporadora que comprar um terreno no Rio ou em São Paulo hoje vai pagar caríssimo. Mesmo que com um alta moderada de cerca de 17% no custo geral da construção nos últimos dois anos, o que a incorporadora tem que repassar ao comprador é um aumento bem maior devido aos terrenos. É esse o motivo que tem levado várias incorporadoras a botar o pé no freio e lançar menos. A oferta menor dá maior segurança às empresas de que conseguirão vender o que está sendo lançado.
EXAME.com – Esse problema é apenas do Rio e de São Paulo ou também pode ser observado em outros lugares?
Assis – As incorporadoras estão lentamente direcionando os negócios para outras cidades e regiões onde os preços praticados ainda cabem no bolso dos consumidores. No Nordeste, por exemplo, há um boom de lançamentos. Nossas lojas em Salvador, Recife e João Pessoa passam por um momento excelente. Todas as grandes incorporadoras, como Cyrela, PDG e Brookfield, estão lançando mais no Nordeste. Empresas e fundos europeus também têm aumentado a presença na região. Os europeus já dominavam a hotelaria no Nordeste, e agora têm avançado sobre a incorporação residencial. A maior incorporadora de João Pessoa é uma empresa suíça.
EXAME.com – Mas se os preços dos imóveis já não cabem no bolso dos consumidores em São Paulo e Rio, isso não reforça a percepção de bolha?
Assis – Não, o problema são mesmo os terrenos. Veja, por exemplo, os dados dos imóveis usados. A demanda continua firme, as vendas continuarão em alta neste ano. Não há bolha porque há demanda, principalmente entre a classe média. O Brasil tem um enorme déficit habitacional. O imóvel ainda é um sonho a ser realizado. A única demanda que já não é tão intensa é dos investidores. Nesse grupo, vejo um movimento de quem investia diretamente em ativos e agora prefere comprar quotas de fundos imobiliários. Acho que esse é um mercado que ainda vai se desenvolver muito no Brasil. Mas há dinheiro para os dois segmentos.
EXAME.com – Sem os investidores que vivem da renda de imóveis, os preços não podem começar a cair?
Assis – Da mesma forma que não vejo fortes aumentos de preço, também não acredito em desvalorização dos imóveis. O mercado imobiliário é muito estável. Para haver queda de preço, seria necessário que houvesse muita gente incapaz de pagar as prestações ou que simplesmente decidisse devolver o imóvel ao banco, como ocorreu recentemente nos EUA e na Europa.
EXAME.com – No Brasil, isso não poderia ocorrer?
Assis – Aqui não tem bolha do crédito porque os bancos são prudentes. Se alguém quiser tomar um empréstimo de 500.000 reais para comprar uma casa, por exemplo, terá de comprovar uma renda mensal bruta de 23.000 reais. Há uma seleção rigorosa de quem terá acesso aos recursos. Não é à toa que a inadimplência do crédito imobiliário gira em torno de 2% entre os bancos privados. Isso não é nada. A Caixa Econômica Federal até tem uma inadimplência maior devido a contratos que foram assinados há muitos anos, sob regras e circunstâncias diferentes. Mas a legislação atual dá grande segurança aos bancos.
EXAME.com – Especialistas acreditam que os recursos da caderneta de poupança que hoje são obrigatoriamente destinados a financiar a compra de imóveis vão se esgotar em 2012 ou 2013. Quando isso acontecer, não é possível que os preços caiam?
Assis – A fonte de financiamento para a concessão do crédito imobiliário é uma preocupação do mercado. Mas acho que cada banco vai buscar uma fonte de recursos própria em substituição à poupança. Alguns bancos estrangeiros trarão dinheiro barato do exterior para oferecer crédito no Brasil. Outras instituições farão operações de securitização, principalmente para garantir recursos para o financiamento da construção de imóveis. Se os juros realmente caírem como se espera, deve haver uma migração de recursos para a caderneta de poupança, o que será positivo para o financiamento imobiliário. Provavelmente, a maior parte dos recursos da poupança passará a financiar imóveis de até 500.000 reais que estão dentro do Sistema Financeiro da Habitação. E talvez o governo crie algum tipo de incentivo fiscal para a captação de recursos mais baratos para o setor. Independente da fonte dos recursos, eu acredito que não vai faltar dinheiro para o crédito imobiliário.
Fonte: Exame