terça-feira, 31 de agosto de 2010

PROGRAMA "MINHA CASA MINHA VIDA" NÃO ATENDE FAMÍLIAS INSCRITAS


O programa de habitação do governo federal "Minha Casa, Minha Vida" contratou 600 mil unidades entre 2009 e 2010, mas só foram concluídas 183 mil.
Quase 90% do déficit de habitações do País, estimado pela Fundação João Pinheiro em 6,2 milhões de unidades, está nas faixas de renda de até 3 salários mínimos.
Em 2009, centenas de milhares de pessoas acorreram às prefeituras e agências da CEF para se inscrever no programa, que prevê subsídios de até R$ 23 mil para imóveis com preço de venda de até R$ 75 mil. O governo federal anunciou a construção de 1 milhão de moradias, em um ano, número que logo se verificou superestimado, mas serviu para alimentar a propaganda da candidatura oficial à sucessão de Lula.
A construção civil opera em ritmo acelerado neste ano, como consta da Sondagem da Construção Civil de julho, da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre junho e julho, o indicador de evolução da atividade passou de 53,8 pontos para 54,9 pontos, enquanto o nível de atividade em relação ao usual situou-se em 55,4 pontos, bem acima da média.
Mas a sondagem, embora favorável quanto aos próximos seis meses, já revela alguma cautela dos empresários, conscientes de que a oferta de recursos poderá ser menor depois da fase de euforia, quando será preciso evitar a deterioração das contas fiscais.
Há problemas na construção de casas populares, como a falta de empresários especializados. Também há falta de terrenos em condições de receber os projetos, com boa infraestrutura urbana, transporte e serviços públicos, além de valores razoáveis, que justifiquem o enquadramento das propostas dos construtores.

Fonte: O Estado de São Paulo

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