quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

GUIA COMPLETO PARA INVESTIR EM CRI


Já faz algum tempo que os brasileiros começaram a se interessar por investimentos. Apesar disso, existem alguns produtos que pouca gente conhece, entre eles o Certificado de Recebíveis Imobiliários – ou apenas CRI.

No artigo de hoje você vai saber mais sobre o CRI e entender como funciona, na prática, estes ativos de renda fixa. Acompanhe!

O que é o CRI?

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários são ativos de renda fixa nos quais os investidores cedem seu capital com a promessa de receberem o valor corrigido por um índice do mercado (IGP-M ou IPCA), somado a uma taxa definida no momento da aquisição do CRI.

Para as instituições que possuem lastro imobiliário, os CRIs – que só podem ser emitidos por companhias securitizadoras de crédito imobiliário – são uma alternativa para captação de recursos de investidores que queiram, por meio da compra desses ativos, obter uma rentabilidade diferenciada.

A oferta de CRIs é, quase sempre, destinada a investidores qualificados, ou seja, para quem possui, pelo menos, R$ 1 milhão no total de investimentos financeiros e declara conhecer bem o sistema financeiro. Embora esse requisito seja bastante comum, é possível encontrar CRIs com aportes iniciais de até R$ 1 mil.

O investidor que investe em CRI pode ser remunerado por meio de uma porcentagem do CDI, taxas pré-fixadas, por índice de preços (IPCA, IGP-M), entre outros. A boa rentabilidade, portanto, é uma das principais vantagens dos Certificados de Recebíveis Imobiliários em relação a outros investimentos.

Como funcionam os Certificados de Recebíveis Imobiliários?

Na prática, os CRIs são selados por meio de uma operação relacionada ao mercado imobiliário entre credor e devedor, originando um direito creditório, como um financiamento imobiliário e contratos de aluguéis.

Neste momento, o credor que não quer esperar para receber as parcelas mensalmente e deseja recebê-las à vista procura uma companhia securitizadora que compra esse crédito à vista. Assim a operação é estruturada.

Cumprida esta etapa, o mercado financeiro, através das instituições financeiras distribuidoras, bancos, corretoras, etc, fazem a distribuição desse CRI, que é comprado pelos investidores. Assim, a securitizadora também recebe à vista o fluxo de pagamentos.

Por fim, o investidor compra o CRI e recebe a remuneração conforme o fluxo definido na montagem da operação. Existem diversos tipos de fluxos relacionados aos CRIs, porém um dos mais comuns é o pagamento de juros acrescido de amortização mensal do principal investido.

CRI x LCI

Apesar de serem muito semelhantes às Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), do ponto de vista do investidor, os CRIs têm características bastante particulares. Confira!

A diferença básica entre uma LCI e um CRI é que a primeira é emitida por um banco ou instituição financeira e quase sempre sua remuneração se dá de uma só vez na liquidação do título. Já o CRI é emitido por companhias securitizadoras de créditos imobiliários e seu pagamento é realizado conforme um fluxo mensal, trimestral, semestral ou anual.

Riscos e Tributação

Assim como qualquer investimento, os CRIs também possuem riscos. O principal risco envolvendo os Certificados de Recebíveis Imobiliários é o risco de crédito, isto é, caso haja grande taxa de inadimplência nos recebimentos da companhia da securitizadora, poderá haver reflexos nos rendimentos do produto.

É preciso que o investidor também se atente à liquidez do investimento. Vale lembrar que o CRI não é garantido pelo FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

Em relação à tributação, o CRI é isento de Imposto de Renda para pessoas físicas – o que acaba chamando ainda mais atenção dos investidores para este produto.

Vale a pena investir?

A decisão de investir ou não em CRIs é particular de cada investidor, e pode variar de acordo com o valor disponível para aportes e com os objetivos de qual está realizando o investimento. De maneira geral, o CRI pode, sim, ser uma boa opção para investimento entre os produtos de renda fixa disponíveis no mercado.

Fonte: Blog Apprendafixa.com.br

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