Não vingou a ideia do governo federal de aumentar a concorrência bancária na faixa do Minha Casa Minha Vida (MCMV) que atende as pessoas mais pobres. Nenhum banco privado apareceu na reunião realizada há alguns dias no Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR) para discutir o modelo de operação do novo sistema de voucher que será anunciado em breve, como parte da reformulação do programa habitacional. Sem candidatos a abraçar esse novo modelo, a conclusão do ministério é que só a Caixa Econômica Federal pode ser o agente operador.
Ninguém quis. O voucher funcionará como um crédito para beneficiários usarem na compra, construção ou reforma da casa própria. A iniciativa será voltada para famílias com renda mensal de até R$ 1,2 mil, aproximadamente, em cidades com até 50 mil habitantes. Mas a própria Caixa torceu o nariz quando convocada para assumir essa missão. Como o crédito não tem valor elevado, o custo da operação não é bem diluído. Além disso, no passado o sistema de vouchers já foi aplicado em outros programas, mas sem sucesso por conta das dificuldades de fiscalização da aplicação correta dos recursos.
Ninguém sabe. O ministério informou que as minutas do novo programa habitacional estão prontas e devem chegar às mãos do presidente Jair Bolsonaro em dezembro. Segundo a pasta, o programa terá novo nome, novas diretrizes e faixas de renda distintas das que existem hoje no MCMV. Do lado dos representantes das construtoras, o clima é de incerteza, pois ainda não foram comunicados formalmente sobre o teor das propostas.
Fonte: VALOR ECONôMICO
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