O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) recuou 0,67%, em junho ante uma queda de 0,93%, em maio, e uma alta de 1,69% em igual período do ano passado. Com esse resultado, houve deflação tanto no acumulado do ano (-1,95%) quanto nos últimos 12 meses (-0,78%). Esta última variação é a que serve de base de cálculo, entre outras, do reajuste do aluguel residencial. O levantamento é feito pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) e se refere às oscilações de preços coletados entre os dias 21 de maio e 20 deste mês.
A queda do IGP-M foi reflexo do recuo de preços no setor atacadista medido pelo Índice de Preços ao Produtor Amplo (-1,22%). Um dos subgrupos que ajudaram a puxar para baixo a taxa foi o de combustíveis e lubrificantes para a produção, que passou de 0,7% para -0,69%. Também no grupo matérias-primas, foi constatada redução de 3,63%, como efeito do movimento no mercado internacional dos preços das commodities.
Outro componente do IGP-M em baixa foi o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), de 0,29% para -0,08%. A pressão positiva no período foi exercida pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) que passou de 0,13% para 1,36%, sob o impacto, principalmente, do custo dos salários. A mão de obra subiu de 0,27% para 2,48%, enquanto materiais, equipamentos e serviços aumentaram 0,02%, ante um recuo de 0,04%.
Segundo o superintendente adjunto para Inflação do IBRE/FGV, Salomão Quadros, a deflação em 12 meses do (IGP-M) deve se manter até o mês de setembro. Depois disso, ele avalia que as taxas mensais deste ano vão se sobrepor às de 2016 e, por isso, o IGP-M deve fechar o ano em alta, mas bem próxima de zero.
Fonte: Agência Brasil
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