Em 2014, a valorização dos imóveis caiu praticamente pela metade no Brasil. Enquanto em 2013 o preço médio do metro quadrado no país subiu 13,74%, no ano passado o aumento foi de apenas 6,7%.
As informações são do índice FipeZap, que acompanha o comportamento do mercado imobiliário de 20 cidades brasileiras.
A alta registrada no ano passado fica apenas um pouco acima da inflação esperada para 2014, de 6,4% - projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), do Boletim Focus do Banco Central.
A alta de 6,7% em 2014 é a menor valorização anual desde o início da série histórica do índice FipeZap ampliado, que começou em julho de 2012. Antes desse período, o indicador acompanhava as variações de preços dos imóveis em apenas sete cidades do país.
Em dezembro, o preço médio dos imóveis no Brasil registrou alta de 0,33%, a menor valorização mensal desde o início da séria histórica do índice ampliado do FipeZap.
Maioria das cidades registrou aumento real no ano
Os preços dos imóveis encerraram 2014 com alta acima da inflação estimada para o ano em 13 cidades que fazem parte do Índice FipeZap.
Com aumento superior à inflação estimada para o período, é possível dizer que em Goiânia, Vitória, Campinas, Niteroi, Vila Velha, Belo Horizonte, Fortaleza, São Bernardo do Campo, Santo André, Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador e Recife os imóveis registraram aumento real de preço.
O custo das unidades em São Paulo aumentou 7,33% e 7,55% no Rio de Janeiro. Foram as menores valorizações anuais registradas em ambas as cidades desde janeiro de 2009, início da série histórica anual dos dois municípios.
No ano passado, Goiânia foi a cidade que registrou a maior valorização dentre as 20 cidades acompanhadas pelo índice, com alta de 12,72%.
Em seguida, o maior aumento no preço do metro quadrado foi registrado em Vitória, com valorização de 11,79%, e Campinas (interior de São Paulo), onde os preços subiram 10,68%.
Por outro lado, em dezembro, 16 cidades registraram aumento de preço abaixo da inflação esperada para o mês, de 0,75%. ou seja, tiveram queda real no preço dos imóveis.
Apenas Rio de Janeiro, São Paulo, São Caetano do Sul (no interior de São Paulo) e Vila Velha (no interior do Espírito Santo) não tiveram queda real nos valores de venda das unidades no último mês de 2014.
Tanto em São Paulo como no Rio de janeiro os preços dos imóveis registraram leve recuperação em relação a novembro. Em São Paulo os preços aumentaram 0,34% em dezembro e subiram 0,43% no Rio.
Rio e São Paulo têm metro quadrado mais caro
O preço médio do metro quadrado dos imóveis das 20 cidades do índice FipeZap encerrou 2014 em 7.537 reais. Rio de Janeiro e São Paulo continuaram a liderar a lista em 2014.
No Rio, o preço médio do metro quadrado em dezembro foi de 10.983 reais e em São Paulo, de 8.351 reais.
Contagem e Goiânia foram as cidades que registraram o preço do metro quadrado mais baixo no fim do ano passado. Em Goiânia o valor médio do metro quadrado ficou em 3.386 reais, e em Contagem o preço sobe para 4.056 reais.
O Índice FipeZap tem dados disponíveis sobre São Paulo e Rio de Janeiro desde janeiro de 2008. Para Belo Horizonte, a série histórica começa em maio de 2009. Para Fortaleza, em abril de 2010; para Recife em julho de 2010; e para o Distrito Federal e Salvador, em setembro de 2010.
Entre as cidades incluídas mais recentemente, que compõem o Índice FipeZap Ampliado, os municípios do ABC Paulista e Niterói têm dados disponíveis desde janeiro de 2012. Vitória, Vila Velha, Florianópolis, Porto Alegre e Curitiba têm séries históricas iniciadas em julho de 2012. O índice FipeZap Ampliado foi lançado em janeiro de 2013.
O indicador elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) em parceria com o site de classificados Zap Imóveis, acompanha os preços do metro quadrado dos imóveis usados anunciados na internet, que totalizam mais de 290 mil unidades por mês.
Além disso, são buscados também dados em outras fontes de anúncios online. A Fipe faz a ponderação dos dados utilizando a renda dos domicílios, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Fonte: Excertos da EXAME.com
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