Conquistar a casa própria ainda é o sonho de grande parcela da população brasileira. Especialistas em finanças afirmam que um em cada quatro brasileiros já compromete mais de 30% da renda só com o aluguel, sendo que o recomendável seria 20%. De acordo com dados da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (ADEMI-BA), de janeiro a outubro de 2014, 2.703 imóveis foram lançados e 5.333 vendidos na Bahia. Apesar das vendas, o número ainda é considerado baixo, se comparado com 2013, quando foram lançados 2,511 e vendidos 6,533.
Dos imóveis vendidos de janeiro a outubro de 2014, os de dois e três quatros lideraram o ranking dos mais procurados. De acordo com dados da Ademi-BA, dos 5.333 negócios fechados, 3.411 foram de dois quartos, o que representa 63,95% das vendas, e 983 foram de três, 18,43%. Em relação à faixa de preços, os mais vendidos (30,46%) ficaram entre uma média de R$ 100 mil a R$ 150 mil, seguido pelos imóveis com valor acima de R$ 400 mil (24,37%). Em relação às regiões mais procuradas, os destaques foram o Alphaville, Boca do Rio, Imbuí, Jaguaribe, Nova Boca do Rio, Paralela, Patamares e Pituaçu.
De acordo com avaliação feita por Luciano Muricy, presidente da Ademi, não há motivos para comemorar as vendas de 2014. “Tivemos vendas, mas um baixo nível de lançamentos. Foi um ano muito difícil para todos”, afirmou, ressaltando que há três fatores que impedem o aquecimento para o mercado este ano. “Temos problemas na economia, nos aspectos locais da cidade, como o aumento do IPTU, e na indecisão sobre o PDDU. Esses três fatores têm impossibilitado os lançamentos e o avanço nas vendas”, disse.
Sobre as ofertas que ainda estiveram disponíveis em outubro do ano passado, em Salvador e Região Metropolitana são encontrados 2.771 imóveis na planta, 3.922 em obra e 1.156 prontos. Já na capital há 2.122 na planta, 3.572 em construção e 1,053 prontos.
Aumento de juros
As taxas também são consideradas fatores negativos para aquisição da casa própria. O aumento de juros para os novos financiamentos da Caixa terão impacto de até 14,3% nas prestações. Segundo levantamento da Anefac, os financiamentos mais caros serão os mais afetados pelas novas taxas. As novas taxas valem para os novos financiamentos habitacionais concedidos com recursos da caderneta de poupança, sendo que as operações mais caras do SFH não terão os juros alterados.
Fonte: Daniela Pereira / Tribuna da Bahia
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