Após o “boom” do mercado imobiliário em meados de 2007, seguida da crise que se instaurou no setor a partir de 2011, muito se questionou sobre as perspectivas para a construção civil e, especialmente, para os investimentos imobiliários nos anos seguintes.
Grandes empresas do mercado imobiliário retraíram seus investimentos e diversas pessoas sofreram na pele a dificuldade nas vendas e locações dos seus imóveis, quando, em 2018, o mercado começou timidamente a reagir, especialmente em decorrência da queda dos juros, que possibilitou a comercialização de imóveis.
Agora a especulação gira em torno das eleições, afinal, o plano de governo do candidato eleito definirá o ritmo da retomada do mercado imobiliário, que é diretamente impactado pela economia do país.
Segundo Daniel Cunha, diretor da área imobiliária da Credit Suisse em painel da ADIT Invest: “Em 2019, se tivermos reformas, devemos ter juros a um dígito. Já se não tivermos reformas, será difícil prever o que vai acontecer. É quase um desejo que a agenda do governo que assumir tenha uma proposta clara neste sentido e ainda acho que o desenvolvimento imobiliário de propriedades prontas estará mais avançado num patamar de juros mais baixos”.
Dentre as propostas dos candidatos, destacamos as seguintes, que tem o potencial de influenciar diretamente o mercado imobiliário:
Fernando Haddad
i) Retomar obras públicas paradas no país; ii) Revogação da reforma trabalhista; iii) Investir em obras públicas para geração de empregos; iv) Reforma tributária compreendendo a tributação direta sobre lucros e dividendos, criando o Imposto sobre Valor Agregado;
Jair Bolsonaro
i) Possibilitar que o trabalhador opte pela carteira de trabalho “azul” já existente ou pela carteira de trabalho que pretende criar, chamada de “verde e amarela”, onde o contrato individual prevalece sobre a CLT; ii) Manter a política econômica do governo FHC, defendendo a baixa da inflação; iii) Redução da carga tributária.
A certeza que temos é que o próximo presidente precisará implementar políticas para aumentar a quantidade de empregos, controlar a inflação e facilitar o acesso ao crédito, o que consequentemente aumenta a confiança do consumidor e aquece o mercado, gerando ainda mais empregos e fomentando o mercado imobiliário.
Gabriela Macêdo - Advogada especialista em Direito Imobiliário, membro dos Institutos Baiano e Brasileiro de Direito Imobiliário.
Fonte: Artigos JusBrasil
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