quarta-feira, 17 de setembro de 2014

SETOR IMOBILIÁRIO DEFENDE PLANEJAMENTO

A partir da esquerda: Paulo Takito, Renato Teixeira, João Teodoro, Eduardo Nardelli e Eduardo Zylberstajn debatem o mercado imobiliário brasileiro em 2030.

A adoção de políticas públicas voltadas à requalificação de empreendimentos residenciais em regiões urbanas “esvaziadas” e o planejamento das cidades serão responsáveis pelo crescimento sustentável do setor imobiliário do País, em face da atual expansão habitacional desordenada. O tema foi abordado ontem no segundo dia do Congresso Internacional do Mercado Imobiliário (CIMI 2014), que se encerra hoje no Centro de Eventos.

De acordo com o presidente da da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura (Asbea), Eduardo Nardelli, o atual modelo vivido nas capitais do País tendem a criar um esvaziamento de algumas regiões, ou “vazios urbanos”. “Teremos locais absolutamente abandonados, pelo fato de cada vez mais pessoas estarem morando longe”, aponta.

A atuação do Governo Federal tem contribuído de maneira ineficaz para reduzir o problema. “As políticas governamentais deviam focar nesses locais (abandonados). Em vez de construir mais distante, devia-se pensar em construir próximo das regiões centrais e adensar locais que possuem infraestrutura”, critica Nardelli.

Preço
No movimento dos preços dos imóveis nas capitais brasileiras, o mercado permanece estável. Para o coordenador da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), Eduardo Zylberstajn, algumas cidades tem passado por crescimento dos preços acima da inflação, enquanto outras apresentam queda. “Você possui mercados que não estão saudáveis, como Curitiba, Salvador e Brasília. Fortaleza, por exemplo, não tem experimentado retração”, confirma. “O comportamento dos preços estará ligado intimamente à realidade econômica de cada região”, complementa. O movimento, considera, é responsável pelo equilíbrio da balança do setor no País. “Acredito que seja algo positivo. No entanto, tenho observado que as pessoas perderam a referência dos preços”, comenta.

Já Eduardo Nardelli, considera que a oferta de crédito tem contribuído para a migração dos consumidores para imóveis com preços mais elevados. “O crédito se tornou mais palpável. Com o período de expansão dessa facilidades, o consumidor acaba buscando outro patamar”, comenta.

Fonte: O POVO Online

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