quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

BARCLAYS PROJETA UM BOM ANO PARA O MERCADO IMOBILIÁRIO NO BRASIL

O ano de 2012 deverá ser de retração para as construturas brasileiras, com a geração de caixa concentrada no segundo semestre deste ano e a entrega de velhos e problemáticos projetos lançados nos anos de maior crescimento, entre 2007 e 2008, contribuindo para a melhora de margens, disse o Barclays. Já o mercado imobiliário deve continuar registrando um sólido ano, em virtude da baixa taxa de vacância, e a inflação acima da meta.

As ações brasileiras do setor de imóveis passam, com isso, por situações muito diferentes. Enquanto os papéis de construtoras caíram cerca de 40% em 2011, o mercado imobiliário registrou alta de 7% após um ano com fortes renegociações de aluguel e taxas de vacância baixas. Vale lembrar nesse cenário que o benchmark brasileiro apresentou queda de 18% no ano anterior.

As ações da BR Properties (BRPR3) e PDG Realty (PDGR3) são as preferidas do Barclays para 2012. Para os analistas Guilherme Vilazante e Vinícius Mastrorosa, a aquisição da WTorre pela BR Properties, no último trimestre, deve dobrar o tamanho da empresa e trazer um momentum positivo e liquidez para as ações. Já a PDG, na visão dos analistas, é uma oportunidade de investimento no descontado setor de construção civil, com triggers de fluxo de caixa no curto prazo.

Mercado imobiliário

O banco lembrou que o mercado imobiliário no Brasil continua com fundamentos relativamente fortes. O varejo continua reportando bons números de vendas no segmento mesmas lojas (lojas abertas há mais de um ano), baixa taxa de desocupação, além do cenário macroeconômico favorável - devido à baixa taxa de desemprego e ao aumento do salário mínimo.

Já para as construtoras, embora a capacidade de execução continue a ser o principal gargalo, Vilazante e Mastrorosa esperam que a velocidade nas vendas desacelere este ano, na comparação com 2010 e 2011. Nos dois anos anteriores, os fortes números foram resultado de um movimento atípico, avalia o Barclays.

Fonte: Equipe InfoMoney

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