SÃO PAULO – O mercado imobiliário chega a um momento de inflexão na curva de crescimento, iniciada há cerca de quatro anos, avalia o presidente da Bueno Netto Empreendimentos, Adalberto Bueno Netto. Ele avalia que, em 2012, os consumidores já não estarão mais dispostos a pagar os elevados preços praticados pelo mercado imobiliário.
Durante a mesa-redonda com o tema “Perspectivas para o Brasil em 2012 e Tendências do Setor Imobiliário”, realizada pela Fiabc/Brasil (edição brasileira da Federação Internacional das Profissões Imobiliárias), em parceria com o Secovi-SP (Sindicato da Habitação), Netto afirmou que o mercado consumidor já começou a dar sinais de que não pretende sustentar mais os elevados preços das casas. Desta forma, acredita que as empresas não vão conseguir continuar praticando preços altos.
Valorização dos insumos
Durante seu discurso, Netto explicou que, do lado das construtoras, o cenário não é otimista. Todos os principais insumos do setor, como terras, materiais de construção e mão de obra vêm apresentando aceleração nos preços.
No caso dos terrenos, os preços chegaram a valorizar 300% nos últimos quatro anos, pontua Netto, ressaltando que não espera queda dos valores para os próximos anos. Ele cita os preços dos terrenos na periferia, que há quatro anos custavam R$ 300 o metro quadrado e hoje já são comercializados por R$ 1 mil.
A mão de obra também segue pressionando os custos das construtoras, desde os profissionais mais qualificados, como os engenheiros, até os menos qualificada, como pedreiros, serventes e mestres de obras. “Qualquer engenheiro que ganhava R$ 3 mil há quatro anos hoje ganha na faixa de R$ 10 mil a R$ 12 mil. O pessoal de obras antes ganhava R$ 1 mil hoje tira R$ 5 mil, R$ 6 mil”, diz Netto.
“Esse quadro completo de custos foi sendo transferido, até o momento, de uma forma direta para o comprador”, explicou Netto. O consumidor acompanhou nos últimos quatro anos esse aumento de preços, mas parece que chegou ao seu limite. “O mercado não suporta mais o aumento de preços, o comprador não quer e não vai pagar novos aumentos”, observa Netto.
Para confirmar essa tendência, Netto ainda citou dados sobre o mercado imobiliário de Miami, onde cerca de 20% dos negócios feitos por lá são de brasileiros. “O comprador usa seu dinheiro onde melhor interessar”, afirmou Netto.
Produtividade da construção civil
Apesar do difícil cenário da construção civil, Netto ainda vê saídas. A melhora da produtividade, por exemplo, seria uma delas. É preciso rever o modelo atual de produtividade, já que este leva em conta um custo baixo de mão de obra, o que não existe mais.
Permitir a abertura do mercado nacional para mais empresas estrangeiras, que comercializam materiais de construção, seria outra ajuda, já que aumentaria a concorrência e pressionaria os preços desses insumos para baixo.
Por: Viviam Klanfer Nunes
Valorização dos insumos
Durante seu discurso, Netto explicou que, do lado das construtoras, o cenário não é otimista. Todos os principais insumos do setor, como terras, materiais de construção e mão de obra vêm apresentando aceleração nos preços.
No caso dos terrenos, os preços chegaram a valorizar 300% nos últimos quatro anos, pontua Netto, ressaltando que não espera queda dos valores para os próximos anos. Ele cita os preços dos terrenos na periferia, que há quatro anos custavam R$ 300 o metro quadrado e hoje já são comercializados por R$ 1 mil.
A mão de obra também segue pressionando os custos das construtoras, desde os profissionais mais qualificados, como os engenheiros, até os menos qualificada, como pedreiros, serventes e mestres de obras. “Qualquer engenheiro que ganhava R$ 3 mil há quatro anos hoje ganha na faixa de R$ 10 mil a R$ 12 mil. O pessoal de obras antes ganhava R$ 1 mil hoje tira R$ 5 mil, R$ 6 mil”, diz Netto.
“Esse quadro completo de custos foi sendo transferido, até o momento, de uma forma direta para o comprador”, explicou Netto. O consumidor acompanhou nos últimos quatro anos esse aumento de preços, mas parece que chegou ao seu limite. “O mercado não suporta mais o aumento de preços, o comprador não quer e não vai pagar novos aumentos”, observa Netto.
Para confirmar essa tendência, Netto ainda citou dados sobre o mercado imobiliário de Miami, onde cerca de 20% dos negócios feitos por lá são de brasileiros. “O comprador usa seu dinheiro onde melhor interessar”, afirmou Netto.
Produtividade da construção civil
Apesar do difícil cenário da construção civil, Netto ainda vê saídas. A melhora da produtividade, por exemplo, seria uma delas. É preciso rever o modelo atual de produtividade, já que este leva em conta um custo baixo de mão de obra, o que não existe mais.
Permitir a abertura do mercado nacional para mais empresas estrangeiras, que comercializam materiais de construção, seria outra ajuda, já que aumentaria a concorrência e pressionaria os preços desses insumos para baixo.
Por: Viviam Klanfer Nunes
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