O preço do aluguel de imóveis subiu 1,02% nos últimos 12 meses, segundo o Índice FipeZap de Locação, que acompanha o preço médio de imóveis anunciados para alugar em 15 cidades brasileiras. Apesar da alta, o valor de locação ficou abaixo da inflação no mesmo período.
Considerando a inflação medida pelo IPCA, de 4,48% nos últimos 12 meses, o preço médio do aluguel teve queda real de 3,31% no período. A queda real é registrada quando o valor de um determinado bem sobe menos que a inflação.
Vale destacar que a variação real não é obtida com uma simples subtração. Para realizar o cálculo, é preciso dividir a oscilação dos preços pela variação da inflação.
Desde o início do ano, o preço médio do aluguel acumula alta de 1,99%, enquanto a inflação medida pelo IPCA foi de 2,94% no período.
Em julho, o preço médio de locação se manteve praticamente estável, com leve alta de 0,06%. A variação também ficou abaixo da inflação medida pelo IPCA, de 0,33% no período.
A tendência é que o preço do aluguel siga subindo abaixo da inflação até o fim do ano. Por isso, locatários têm poder de barganha para negociar preço na hora de fechar contrato ou reajustar o aluguel.
Preço por cidade
Em julho, 7 das 15 cidades monitoradas pelo Índice FipeZap acompanharam o movimento de alta no preço médio do aluguel residencial, com destaque para as variações observadas em Recife (1,79%), Curitiba (1,63%) e São Bernardo do Campo (0,57%).
Já entre as cidades que registraram queda nos preços de locação residencial no período, vale citar: Fortaleza (-1,28%), Rio de Janeiro (-0,78%) e Goiânia (-0,70%).
A seguir, confira o preço médio do metro quadrado anunciado para locação e a variação dos preços nas 15 cidades pesquisadas pelo Índice FipeZap. Nas cidades em que o preço está caindo, o poder do locatário para negociar preço é maior.
Cidade | Preço médio do metro quadrado em julho | Variação do preço em julho | Variação do preço em 2018 | Variação do preço nos últimos 12 meses |
---|---|---|---|---|
São Paulo | R$ 36,90 | 0,41% | 3,53% | 3,26% |
Rio de Janeiro | R$ 30,79 | -0,78% | -1,25% | -5,74% |
Distrito Federal | R$ 29,69 | -0,17% | 4,49% | 4,37% |
Santos | R$ 29,28 | 0,28% | 2,00% | 1,51% |
Recife | R$ 25,72 | 1,79% | 5,94% | 8,61% |
Florianópolis | R$ 22,64 | -0,02% | 1,37% | 0,44% |
Porto Alegre | R$ 21,27 | 0,06% | 1,15% | -0,03% |
Campinas | R$ 20,92 | 0,30% | 1,75% | 0,95% |
Niterói | R$ 20,39 | -0,41% | -1,81% | -6,76% |
Belo Horizonte | R$ 20,33 | 0,37% | 2,35% | 2,67% |
Salvador | R$ 20,13 | -0,22% | 2,51% | 3,76% |
São Bernardo do Campo | R$ 18,84 | 0,57% | 0,34% | 0,55% |
Curitiba | R$ 17,57 | 1,63% | 2,76% | 6,42% |
Fortaleza | R$ 15,96 | -1,28% | -1,16% | -2,18% |
Goiânia | R$ 15,98 | -0,70% | 4,69% | 6,46% |
Retorno do investimento em imóveis
Em julho, o retorno médio para investidores que optaram por alugar seu imóvel foi de 4,40% ao ano. A taxa avalia o retorno médio que um proprietário teria em 12 meses com a locação do imóvel, sem considerar possível ganhos com valorização ou desvalorização decorrente do aumento ou da queda no preço dos imóveis no período.
A rentabilidade do aluguel é calculada por meio da divisão entre o preço médio de locação mensal e o preço médio de venda mensal. A taxa ao ano é obtida multiplicando-se o resultado por 12.
O retorno do aluguel de imóveis ficou abaixo da taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 6,50% ao ano. A taxa está no menor nível desde o início da série histórica do Banco Central, em 1986.
Ou seja, há outras opções de investimentos de renda fixa mais atraentes do que o aluguel de imóveis. Os fundos imobiliários também são alternativas para quem gosta de investir em imóveis, mas busca retornos maiores.
Fonte: EXAME
Nenhum comentário:
Postar um comentário