A baixa rentabilidade do aluguel e os preços fragilizados para venda afastaram parte das pessoas que compram imóveis como forma de investimento. Segundo Raio-X FipeZap, a percepção negativa quanto aos ganhos deve continuar nos próximos meses.
De acordo com o indicador divulgado ontem, a participação de transações classificadas como investimento no total de compras realizadas nos últimos 12 meses recuou de 46%, em fevereiro de 2018, para 40% em junho de 2018.
De acordo com o indicador divulgado ontem, a participação de transações classificadas como investimento no total de compras realizadas nos últimos 12 meses recuou de 46%, em fevereiro de 2018, para 40% em junho de 2018.
Quando considerando respondentes que declararam intenção de adquirir um imóvel nos próximos três meses, a participação dos investidores recuou de 12% para 11% na última pesquisa, prevalecendo entre eles o interesse na obtenção de renda com o aluguel do imóvel (76%) em comparação à revenda (24%).
Entre as compras classificadas como investimento, por sua vez, a maior participação de aquisições teve como finalidade obter renda com aluguel (63% das compras declaradas como investimento, em junho de 2018) em contraste com objetivo de revenda após valorização do imóvel (37%).
“Os resultados são coerentes com o ambiente atual de juros baixos, no qual os investidores buscam alternativas de investimento mais rentáveis do que a renda fixa”, dizia o relatório do FipeZap.
Quando o assunto é o preço final da venda, o indicador aponta que o percentual de transações com descontos subiu nos últimos doze meses, passando de 63% do total de transações realizadas em julho de 2017, para 68%, em junho de 2018. Entre os negócios firmados com desconto, o percentual médio aplicado recuou ligeiramente no primeiro semestre de 2018, encerrando junho em torno de 13%.
Preços
Com as quedas acumuladas no preço do metro quadrado, o FipeZap sinaliza que diminuiu a proporção dos respondentes que entendem que o valor do imóvel está alto ou muito alto. Se este ano 62% consideraram os preços altos demais, em 2017 eram 78% dos ouvidos.
Com relação ao comportamento dos preços para os próximos 12 meses, a proporção de respondentes da última pesquisa que projetava elevação nos preços no foi de 24%; enquanto 36% apostavam na estabilidade e 19%, em uma queda nos preços no curto prazo. Com base nas respostas entre compradores, compradores em potencial e proprietários de imóveis, a expectativa média para os próximos 12 meses é de ligeira queda nominal em torno de 0,2% no preço do metro quadrado.
Fonte: DCI
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