segunda-feira, 24 de novembro de 2014

INADIMPLÊNCIA EM HIPOTECAS CAI NOS EUA


O mercado imobiliário abalado pela crise em 2008, apresentou uma melhora nos Estados Unidos. A taxa de inadimplência em hipotecas de imóveis continua em forte declínio. No terceiro trimestre deste ano, a taxa caiu a 3,36%, registrando a 11ª queda seguida, de acordo com o relatório divulgado nesta terça-feira pela TransUnion, multinacional de inteligência para análise de crédito e dados.

Baseada no total de devedores inadimplentes por 60 dias ou mais, a taxa diminuiu quase 17% no último ano – no terceiro trimestre de 2013, estava em 4,03%. Algumas das maiores quedas ocorreram nos maiores mercados dos EUA. Entre o terceiro trimestre de 2013 e o terceiro trimestre de 2014, Miami (-31,6%), San Francisco (-28,6), Phoenix (-27,1%) e Los Angeles (-24,2%) continuaram a apresentar grandes melhoras na inadimplência. Dos maiores mercados, apenas dois não tiveram declínios de dois dígitos: Nova York (-9,9%) e Filadélfia (-9,4%).

"Embora as taxas de inadimplência de hipotecas permaneçam elevadas em relação aos padrões históricos, elas estão constantemente melhorando", disse Joe Mellman, VP de hipotecas da unidade de serviços financeiros da TransUnion no EUA.

"As novas gerações de hipoteca nos últimos anos têm sido completamente limpas em relação a risco.Esse fato, combinado com a redução da execução de hipotecas e a ascensão gradual, mas constante, dos preços de imóveis, leva a uma redução da inadimplência”. As taxas de inadimplência de hipotecas em Los Angeles (2,53%) e Phoenix (2,47%) estão quase um ponto percentual abaixo da média nacional de 3,36%. Durante grande parte de 2009 e 2010, essas áreas tiveram taxas de inadimplência que ultrapassaram 10%, enquanto a média nacional nunca violou a marca de 7%.

"É especialmente gratificante ver grandes declínios nas áreas que foram mais atingidas pela crise das hipotecas", continuou Mellman. "Em parte, isso indica uma recuperação mais ampla na economia. Como o desemprego continuando seu declínio e os valores dos imóveis melhorando, os consumidores têm mais recursos e motivação para manter os pagamentos do seu imóvel em dia". Em base trimestral, todos os 50 Estados e o distrito de Colúmbia viram queda na inadimplência de hipotecas. Nevada (-29%), Flórida (-28,8%) e Califórnia (-26,5%) registraram os maiores declínios. "Esse é outro positivo: as quedas estão ocorrendo em todo o país e não apenas em bolsões geográficos isolados", disse Mellman.

Os dados da TransUnion indicam que os declínios nos índices de inadimplência de hipotecas aconteceram em todos os grupos etários, com as maiores quedas anuais registradas entre os mais jovens, abaixo de 30 (-26,7%) e de 30 a 39 anos (-22,4%). A TransUnion contabilizou 53,2 milhões de contas de hipoteca no terceiro trimestre de 2014, acima dos 52,3 milhões vistos no mesmo período de 2013. No entanto, em comparação com o terceiro trimestre de 2008, quando existiam 63,1 milhões de contas, houve redução de quase 10 milhões.

Vista com um trimestre de atraso para garantir que todas as contas estejam inclusas nos dados, a originação de hipotecas caiu 38,3%, de 2,3 milhões no segundo trimestre de 2013, para 1,4 milhões no mesmo período de 2014. A parcela de originação não-prime subiu, porém, de 13,2% no segundo trimestre de 2013 para 16,9% no segundo trimestre de 2014.

"As originações caíram novamente, em grande parte devido a um declínio na atividade de refinanciamento.Como os valores das casas continuando a aumentar e os credores aliviando os critérios de subscrição, que ainda permanecem bastante conservadores, esperamos aumento na originação", disse Mellman. Os dados fazem parte da série de análises trimestrais da TransUnion sobre o crédito ao consumidor norte-americano, avaliando hipotecas, cartões de crédito e financiamento de veículos.

Fonte: Os dados fazem parte da série de análises trimestrais da TransUnion sobre o crédito ao consumidor norte-americano / Administradores.com

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