sexta-feira, 23 de agosto de 2019

IGMI-R ABECIP - JULHO 2019



Os preços nominais dos imóveis residenciais no Brasil cresceram até abril de 2016, apesar de abaixo dos índices de preços ao consumidor. Como resultado da recessão então em curso, estes preços nominais passaram a ter variações negativas, o que em termos acumulados só foi revertido com este resultado de julho de 2019 (0,11% ante -0,18% em junho último).

No entanto, esta recuperação observada para a média do Brasil não ocorreu em cinco das dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP. Nas cidades do Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Curitiba e Salvador os resultados nominais acumulados desde janeiro de 2014 ainda são negativos, com destaque para o Rio de Janeiro (-8,13%). No lado positivo, os destaques são as cidades de São Paulo e Goiânia, com resultados acumulados desde janeiro de 2014 acima de 7%. Mesmo nestes casos, os valores reais continuam defasados em relação a qualquer índice de preços ao consumidor no país.

O início da série histórica do IGMI-R/ABECIP coincide com o pico anual do valor das obras e serviços da construção mensurado pelo Sistema de Contas Nacionais, que vem decaindo desde então. Neste contexto, o início de recuperação dos valores reais dos imóveis ainda depende da concretização de uma melhoria nas expectativas em relação ao nível de atividade da economia brasileira, que seja capaz de reverter a tendência declinante dos investimentos nos últimos anos. Alguns fatores neste sentido são positivos na virada do semestre, principalmente a perspectiva de aprovação das reformas estruturais destinadas a equacionar a questão fiscal, os estímulos de curto prazo sendo cogitados e a redução das taxas de juros. No entanto, a recuperação do mercado de trabalho ainda permanece como um dos maiores desafios para a economia brasileira em geral, e para o mercado imobiliário em particular.

Fonte: ABECIP

Nenhum comentário:

Postar um comentário