O processo de ajuste dos preços dos imóveis no país está surtindo efeito mais doloroso tendo em vista a difícil conjuntura macroeconômica do país. De acordo com o presidente do Grupo M. Stortti, Maurênio Stortti, responsável pelo informativo do mercado imobiliário da MS Properties (braço do Grupo M. Stortti), com a alta na inflação puxada pelo aumento dos custos de energia elétrica e combustível, além de valorização do dólar e aumento nas taxas de juros, a situação de crise na economia fica ainda mais fortalecida. Contudo, 2015 deverá ser o primeiro ano com queda real dos preços dos imóveis no Brasil.
Maurênio explica que, para os investidores, o cenário não é bom, e, para o comprador, depende: "uma das estratégias do Governo Federal em seu ajuste fiscal é a retração do crédito imobiliário em função do risco de inadimplência atrelado ao aumento no desemprego e na queda do poder de compra." O presidente afirma ainda que, além disso, a elevação dos juros e a diminuição da fatia que pode ser financiada por parte da Caixa Econômica Federal, diminuiu significativamente o volume de financiamentos.
Com isso, as construtoras adotaram as estratégias continuas de liquidar seus estoques em feirões e praticar descontos que podem chegar até 30% do valor do imóvel. Porém, segundo Maurênio, com o aperto do crédito e sem perspectiva de valorização dos imóveis, os compradores não encontram cenário favorável para compra. Este período de ajustes no mercado imobiliário para equilibrar a oferta de produtos, depende, não somente de seus estoques, como, sobretudo, da recuperação da economia do país.
Consórcio - A crise vivenciada pelo país tem impactado na redução de expansão em diversos setores econômicos brasileiros. Porém, este cenário não reflete no mercado de consórcios. Segundo a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac), este segmento apresenta crescimento de 6,9% nas vendas totais de novas cotas do Sistema de Consórcios, no acumulado de janeiro a agosto de 2015. Alinhado com estas movimentações positivas, o Embracon aponta ascensão de 14,48% no faturamento de setembro deste ano, ao comparar com o mesmo período de 2014.
- Em função dos juros altos, o consórcio tem sido uma modalidade atraente para quem deseja sair do aluguel, adquirir um carro ou até mesmo poupar o dinheiro. Este é o principal fator para os resultados positivos. O destaque de setembro do Embracon foi a venda de cotas para imóveis, com crescimento de 30% no comparativo do mesmo período com o ano anterior - afirma Rogério Pereira Dutra, diretor comercial do Embracon.
Fonte: Monitor Mercantil
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