Em janeiro de 2019, o IGMI-R/ABECIP continuou a tendência de desaceleração observada no final de 2018. Após variar 0,10% no último mês do ano anterior, o índice ficou praticamente estável no primeiro mês de 2019. Com isso, o resultado acumulado em 12 meses também sofreu uma ligeira desaceleração, passando de um aumento de 0,64% no final de 2018 para 0,62% neste início de ano.
Entretanto, este comportamento não foi homogêneo entre as dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP. Entre elas, apenas o Rio de Janeiro e Recife tiveram quedas nos preços nominais dos imóveis residenciais em janeiro, porém quando olhamos na perspectiva das respectivas variações acumuladas em 12 meses, as duas continuaram com números negativos, mas rumando para a estabilidade. As variações acumuladas em 12 meses entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019 passaram de -1,49% para -1,07% no caso do Rio de Janeiro, e de -0,22% para -0,13% no caso do Recife.
No caso das outras oito capitais que tiveram variações positivas em janeiro, cinco delas verificaram acelerações nas respectivas variações acumuladas em 12 meses (Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, Salvador e Brasília), enquanto as outras três (São Paulo, Fortaleza e Goiânia) sofreram desaceleração nesta perspectiva.
De forma geral, estes resultados representam os efeitos da recuperação ainda incipiente do nível de atividade da economia, e do setor imobiliário em particular, sobre os preços dos imóveis residenciais. Os últimos números divulgados do índice de Confiança da Industria da FGV (relativos a fevereiro) mostram uma queda na percepção da situação atual, mas alguma melhora em relação às expectativas com relação ao futuro. Alguns fatores importantes justificam esta melhora de percepção, principalmente o comportamento dos preços e das taxas de juros e o aumento no volume de financiamento imobiliário. No entanto, o grande condicionante da concretização destes fatores continua sendo a efetiva aprovação das reformas capazes de garantir a trajetória favorável de preços e juros em um primeiro momento, e dos investimentos em geral na sequência.
Fonte: ABECIP
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