No mês de junho, os preços nominais dos imóveis residenciais para o Brasil variaram 0,36%, segundo o IGMI-R/ABECIP. Com este resultado, o aumento acumulado do valor dos imóveis no país ao longo do primeiro semestre foi de 1,19%.
Apesar do resultado acumulado no semestre ainda ficar abaixo das variações dos índices de preços ao consumidor no período, assim como na perspectiva do acumulado em 12 meses, os preços nominais dos imóveis residenciais continuam o processo de lenta recuperação. Esta retomada pode ser vista tanto na comparação em relação ao primeiro semestre de 2018 (variação acumulada de 0,19% contra os 1,19% do primeiro semestre de 2019), quanto na perspectiva do acumulado em 12 meses (1,65% em junho contra os 1,38% registrados em maio).
Do ponto de vista das dez capitais analisadas pelo IGMI-R/ABECIP, esta retomada também se mostra consistente. Como pode ser visto na tabela acima, à exceção do Rio de Janeiro todas as demais capitais mostraram aceleração no resultado acumulado no primeiro semestre de 2019 comparado ao mesmo período de 2018. Mesmo no caso do Rio de Janeiro, a magnitude da variação negativa acumulada nos primeiros seis meses de 2019 (-0,47%) é menor que a registrada no primeiro semestre de 2018 (-1,16%). Ainda neste caso, a variação positiva no mês de junho (0,18%) foi suficiente para reduzir também o ritmo de queda na perspectiva do acumulado em 12 meses (-0,81% em junho ante os -1,18% registrados em maio).
Com relação às demais capitais, as pequenas variações positivas no mês de junho fizeram as respectivas taxas acumuladas em 12 meses ficarem praticamente estáveis em relação aos resultados do mês anterior. As exceções nesta ótica da aceleração das variações acumuladas em 12 meses ficaram por conta de São Paulo (3% em junho contra 2,48% em maio) e Recife (0,44% em junho contra 0,08% em maio), tendo estes desempenhos sido suficientes para acelerar a variação acumulada em 12 meses do Brasil, como mencionado acima.
A perspectiva de aprovação das reformas necessárias para a economia brasileira deve ter um impacto positivo sobre o nível de atividades através do canal das expectativas, juntamente com algumas medidas de estímulo de curto prazo que vêm sendo consideradas. Uma aceleração na recuperação dos valores dos imóveis residenciais capaz de levar seus preços para o terreno positivo das variações reais continua dependendo da materialização do impacto positivo das expectativas, tanto sobre as decisões de investimento quanto em uma melhora consistente nas condições do mercado de trabalho.
Fonte: ABECIP
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