"É o nascedouro da ideia de uma Casa Brasil nas capitais. A União tem hoje cerca de 700 mil imóveis. Pensem o que isso significa em termos de custo de manutenção", afirmou. "Também serão revisados todos os contratos de locação de imóveis. Há contrassenso absurdo no aluguel desses espaços", acrescentou.
Essa não é a primeira vez que um membro do governo federal cita esse tipo de medida. No mês passado, o então ministro do Planejamento, Esteves Colnago, afirmou que, se a União conseguisse vender todos os imóveis passíveis de serem leiloados, a arrecadação estimada alcançaria cerca de R$ 300 bilhões. Ele avaliou, no entanto, que a criação de fundos de investimentos imobiliários seria um instrumento mais eficiente para a gestão desses ativos que a simples tentativa de venda direta.
"Se vendêssemos todos os imóveis possíveis, arrecadação seria de quase R$ 300 bilhões. Mas venda de imóveis não é coisa simples. Muitos desses imóveis têm problemas de reformas e manutenção", afirmou o ministro.
De acordo com ele, a União possui hoje em torno de 681 mil imóveis, mas muitos deles não podem ser desmobilizados, como a própria Esplanada dos Ministérios. Já os apartamentos, casas, salas comerciais e armazéns poderiam ser desocupados.
"Talvez seja necessário repensar a forma de vender. Fundos de investimento imobiliário podem ser a solução para alguns desses ativos. Há mecanismos de mercado que hoje se adequariam mais do que uma secretaria administrar esses imóveis", avaliou.
Segundo Colnago, pode ser constituído um fundo para receber os aluguéis desses imóveis, e outro fundo para receber os valores das vendas desses ativos. "A ideia seria vender as cotas desses fundos no mercado. Uma proposta de formatação para a constituição desses fundos já está em consulta pública", lembrou.
Fonte: Estadão
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