Em março de 2019 os preços dos imóveis residenciais medidos pelo IGMI-R/ABECIP tiveram aumento de 0,21%, acumulando 0,82% de crescimento em 12 meses. Este resultado foi superior ao verificado em fevereiro, que havia mostrado crescimento de 0,68% no acumulado em 12 meses. No entanto, comparando o primeiro trimestre de 2019 com o mesmo período de 2018, observamos uma elevação de 0,71%, resultado idêntico ao do trimestre anterior, interrompendo uma sequência de aceleração que vinha acontecendo desde o terceiro trimestre de 2018.
Olhando para as dez capitais analisados pelo IGMI-R/ABECIP, o destaque negativo mais uma vez ficou por conta do Rio de Janeiro, que apresentando queda de -0,32% em março acelerou o ritmo de queda no acumulado em 12 meses (-1,18% contra -0,88% em fevereiro). Apesar de também apresentar queda na variação do mês, os preços em Porto Alegre ficaram praticamente estáveis na variação acumulada em 12 meses em relação aos dois meses anteriores. No Recife, a variação positiva do mês garantiu a desaceleração no ritmo de queda no acumulado em 12 meses (-0,08% em março ante -0,14% em fevereiro), aproximando o indicador da estabilidade nominal. São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Salvador, Goiânia e Brasília tiveram aumentos nos preços nominais de seus imóveis residenciais em março, e acelerações nas respectivas taxas acumuladas em 12 meses em relação a fevereiro. Excetuando-se São Paulo, estas capitais também tiveram acelerações na comparação dos trimestres sobre trimestres do ano anterior.
Mesmos nestes casos onde ocorrem recuperações nos valores nominais dos imóveis residenciais, a trajetória para a estabilidade dos preços reais ainda permanece lenta, ainda considerando-se alguma aceleração inflacionária neste início do ano. Esta aceleração dos preços, no entanto, resulta principalmente de questões pontuais de oferta, não representando sinais de elevação consistente dos níveis de consumo e investimento na economia brasileira. Neste contexto, os preços do mercado imobiliário residencial ainda não devem apresentar uma recuperação significativa nos próximos meses.
Fonte: ABECIP
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