A indústria da construção e o governo tentam entrar em acordo para regularizar os pagamentos das obras do Minha Casa Minha Vida. Os empresários do setor se reúnem, para avaliar as propostas do governo. Alguns deles ameaçam paralisar as construções se o governo não colocar em dia os pagamentos.
O setor se encontrou com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, mas não obteve nenhuma proposta concreta para regularizar a situação. Também estiveram reunidos com os ministros do Planejamento, Nelson Barbosa, e das Cidades, Gilberto Kassab, que prometeram “agilizar” o cronograma de pagamento.
O enfraquecimento da economia e a queda nos investimentos de infraestrutura, aliados aos efeitos da Operação Lava Jato, têm arrastado o setor da construção civil para uma onda de demissões em massa, recuperação judicial e inadimplência.
Barbosa reconheceu que há atrasos nos pagamentos do governo federal às construtoras. Segundo ele, o governo tenta encontrar com o setor uma solução para regularizar os pagamentos das 1,6 milhão de casas que estão sendo construídas e evitar que os trabalhadores sejam demitidos. O Minha Casa é responsável pelo emprego direto de 500 mil trabalhadores.
Uma das propostas em discussão é diminuir o ritmo de construção das moradias contratadas no programa de habitação popular, uma das vitrines da administração PT. Pelos cálculos do setor, o governo deve às empresas entre R$ 1,5 bilhão e R$ 1,6 bilhão.
Outra alternativa é estipular um novo cronograma de pagamento. A indústria da construção diz que os atrasos eram de 15 dias, passaram para 30 e agora chegam a 60 dias.
Os empresários vão marcar uma reunião para discutir se aceitam as proposições do governo ou se paralisam as obras, o que agravaria o índice de desemprego.
Fonte: Gazeta do Povo
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