Os imóveis desvalorizaram 4,5% no primeiro semestre deste ano num conjunto de 20 cidades brasileiras, segundo o levantamento FipeZap divulgado nesta sexta-feira (3). Em São Paulo, o maior mercado imobiliário brasileiro, o recuo foi ligeiramente menor, de 3,7%. O Rio de Janeiro teve queda mais expressiva, de 5,2%.
No conjunto de 7 cidades monitoradas pelo FipeZap desde o início do levantamento, o primeiro semestre de 2015 foi o pior desde 2011, o primeiro da série histórica. Nos seis primeiros meses deste ano, o preço médio do metro quadrado dos imóveis anunciados teve desvalorização de 4,5%. Há quatro anos, o mesmo período registrou uma valorização real de 9,8%.
O indicador leva em conta o preço pedido pelo vendedor ao anunciar seu imóvel no portal Zap. Ou seja, não leva em conta os descontos concedidos na hora de fechar negócio, e que têm ficado cada vez maiores, de acordo com um outro estudo produzido pela Fipe (leia abaixo).
A desvalorização acontece porque o preço anunciado pelos proprietários tem crescido menos do que a inflação, estimada em 6,1% (de janeiro a junho de 2015) pela Fipe com base nas projeções do mercado financeiro consultadas pelo Banco Central. Esse cenário ocorre na maioria das cidades, como São Paulo (alta de 2,2%), Rio de Janeiro (0,6%) e Belo Horizonte (1,3%).
Em Curitiba, Brasília e Niterói (RJ), porém, a desaceleração do mercado levou os proprietários a reduzir o valor anunciado - em 0,6%, 1% e 2,3% respectivamente - o que aprofunda a desvalorização dos imóveis.
O Rio de Janeiro continua a ter o maior valor por m² entre as 20 cidades analisadas: R$ 10.643 em média, podendo chegar a R$ 23.261 no Leblon, bairro nobre da Zona Sul. São Paulo vem em seguida, com R$ 8.593 em média e teto de R$ 15.192 na Vila Nova Conceição, também na Zona Sul.
Fonte: FipeZap / IG
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