sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

SECOVI-SP DIVULGA PESQUISA DO MERCADO DE IMÓVEIS NOVOS EM OUTUBRO



O desempenho do mercado imobiliário na cidade de São Paulo voltou a apresentar queda, tanto nas vendas quanto nos lançamentos, em outubro de 2014. O mesmo não ocorreu nos municípios vizinhos, que apresentaram bons resultados no mês, conforme apurou a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP.

No décimo mês do ano, foram comercializadas 963 unidades residenciais novas no município de São Paulo, o que representa queda de 65,4%, comparado a setembro, e de 55,4% em relação a outubro de 2013.
Por tipologia, do total das vendas no mês, 40% foram de unidades de 1 dormitório, 35,6% de 2 dormitórios, 20,5% de 3 dormitórios e 4,3% de 4 ou mais dormitórios.

Lançamentos - Os lançamentos residenciais contabilizaram 2.336 unidades no mês, conforme dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), volume 41,9% inferior a setembro e 20,9% menor que o apurado em outubro do ano passado.

O VGV (Valor Global de Vendas) atualizado pelo INCC (Índice Nacional de Custo da Construção) indica que os valores comercializados em outubro totalizaram R$ 531 milhões. Em relação a setembro, houve queda de 63% e comparado a igual mês de 2013, a redução foi 55,6%.

Com os resultados do mês, 23.652 unidades residenciais novas foram colocadas em oferta, com alta de 5,9% em relação a setembro e crescimento de 40,6% ante outubro do ano passado. Considerando a média vendida este ano (1.534 unidades), o estoque seria equivalente a 15 meses de vendas. "Apesar de esta equivalência ter sido de seis meses no ano passado, o número ainda não assusta", afirma Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.

Acumulado - De janeiro a outubro, foram comercializadas 15.337 unidades residenciais novas, resultado 44,7% inferior ao mesmo período do ano passado.

Os lançamentos de imóveis residenciais totalizaram 20.703 unidades no ano até outubro, queda de 16,1% considerando o mesmo intervalo de tempo no ano passado.

Outubro foi o segundo pior mês do ano em termos de comercialização no município de São Paulo, depois de dois meses de recuperação do mercado. "Dois finais de semana, que representam os melhores dias para o mercado imobiliário, foram dedicados à votação em primeiro e segundo turnos das eleições presidenciais, as mais disputadas dos últimos tempos e que trouxeram certa insegurança quanto ao futuro do País", pondera Petrucci.

Região Metropolitana - No mês de outubro, o desempenho do mercado imobiliário nos municípios vizinhos e que compõem a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi melhor do que o da Capital. Porém, no acumulado do ano, está abaixo do comportamento registrado em 2013.

Em outubro, foram comercializadas na RMSP 3.499 unidades, retração de 27,1% em comparação com o mês de setembro, e de 24,2% em relação a outubro do ano passado. Esse resultado foi bastante influenciado pelo baixo desempenho da cidade de São Paulo, pois, considerando apenas os municípios vizinhos, as vendas atingiram 2.536 unidades, montante 26,1% superior ao percebido em setembro e 3,3% em relação a outubro de 2013. Esses municípios participaram com 72% do total das vendas da RMSP, índice superior à média histórica de 45%.

No décimo mês do ano, o total de lançamentos na Região Metropolitana foi de 4.808 unidades, o que significa uma queda de 18,6% no volume de novas unidades comparativamente ao mês de setembro, e de 28,9% em relação ao mês de outubro do ano passado. Sem a Capital, os municípios vizinhos responderam por 51% do total de lançamentos.

Pelo segundo mês consecutivo, as vendas nas outras cidades da RMSP superaram os lançamentos. Foram vendidas 2.536 unidades e lançadas 2.472, fator que leva à redução na oferta.

Osasco, Barueri e Guarulhos se destacaram com os melhores desempenhos nas vendas de unidades novas em outubro.

Diferenças - Os dados da Pesquisa do Mercado Imobiliário têm demonstrado que os municípios do entorno da capital paulista estão com melhores desempenhos quando os resultados são comparados com o mês anterior e com o mesmo período do ano de 2013. As influências negativas das eleições majoritárias afetaram somente o comportamento do setor na Capital.

"Na nossa percepção, prevaleceu o preço da unidade no momento da decisão da compra, pois, tanto na Capital quanto nos outros municípios, os imóveis econômicos foram os que mais venderam, principalmente em Osasco e Barueri, locais onde as unidades mais vendidas tinham preço médio de até R$ 300 mil", avalia Petrucci.

O presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, lembra que pode haver uma certa recuperação, pois o último trimestre do ano costuma ser melhor. "Em outubro, foi interrompida a reação que o mercado apresentou no início do segundo semestre. De qualquer forma, em novembro e dezembro o desempenho do mercado deve melhorar em relação ao décimo mês do ano, o que, ainda assim, será insuficiente para recuperar as perdas do primeiro semestre", diz o dirigente, acrescentando que o desempenho do mercado deve fechar o ano com queda significativa.

"A Capital sempre foi o principal mercado, pois é onde se concentra a maior demanda por imóveis e emprego. É necessário que se criem condições adequadas para a população comprar o imóvel no município onde trabalha, para que sejam evitados os movimentos pendulares. O novo Plano Diretor Estratégico foi concebido para aproximar moradia e emprego, mas os incentivos à produção imobiliária foram muitos modestos. Com isso, perde-se o potencial de aproveitamento de um município como São Paulo", ressalta Emílio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP.

Confira o relatório completo clicando no link abaixo:
http://www.secovi.com.br/files/Arquivos/pmi-outubro-2014.pdf

Fonte: Assessoria de Comunicação SECOVI SP 

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