quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

ABRAINC FAZ PROJEÇÕES SOBRE O SETOR DE INCORPORAÇÕES PARA 2015


A ABRAINC – Associação Brasileira de Incorporadoras, durante a última reunião do ano de seu Conselho Deliberativo, realizou um balanço das atividades do setor em 2014, apontando alguns caminhos que deverão ser trilhados pelo mercado imobiliário no próximo ano.


Para a entidade, que congrega 27 incorporadoras com capital aberto e/ou atuação nacional, o ano de 2014 já foi de ajustes que continuarão a ser praticados em 2015. O mercado continua comprador, mas com maior critério e com maior restrição orçamentária. Atrair e conquistar o cliente, que sempre esteve na prioridade das empresas, hoje é uma regra perseguida por todos. O trabalho continuará intenso, pois a demanda pelo imóvel próprio se mantém pela disponibilidade de crédito, pela estabilidade do emprego e pela demografia favorável, lembrando que temos ainda um déficit habitacional na ordem de 5 milhões de unidades habitacionais.

Durante 2014, a ABRAINC ampliou as discussões em torno dos problemas do mercado, em especial junto aos governos federal e municipais, como em relação às ocupações ilegais de terrenos pertencentes às incorporadoras por movimentos sociais. Na ocasião a associação encaminhou cartas à presidente Dilma Rousseff e ao prefeito Fernando Haddad apontando os riscos dessa iniciativa não apenas para o setor, mas para a ordem social do País.

O próximo ano será marcado pela continuidade do trabalho da ABRAINC de combater o excesso de burocracia no mercado imobiliário que encarece em 12% ou R$ 18 bilhões o custo para os compradores e amplia em 30 meses o prazo de construção dos imóveis. O estudo “O custo da burocracia”, lançado no primeiro semestre deste ano, continua sendo o balizador de um trabalho de aproximação da entidade com as prefeituras dos maiores municípios do País, apontando exemplos de boas práticas que já vêm sendo realizadas e que podem ser replicadas em todas as cidades, trazendo benefícios não apenas para o setor, mas em especial para os interessados na compra de um imóvel. A aproximação com a Federação Nacional de Prefeitos (FNP), juntamente com a CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), trouxe a oportunidade da formação de uma comissão de trabalho que permitirá disseminar com maior agilidade as propostas às prefeituras.

É importante lembrar que reduzir a burocracia é um processo que não depende apenas de mudanças de processos nas prefeituras, mas em cartórios e agentes financeiros. A simplificação dos registros eletrônicos de imóveis, um trabalho alinhado com a ARISP (Associação dos Registradores Imobiliários do Estado de São Paulo) e ABECIP (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança), também está em desenvolvimento e a ABRAINC espera que sua implementação aconteça no início do próximo ano.

Promovendo o equilíbrio das relações

Outro foco do trabalho da associação está centrado no equilíbrio das relações do setor imobiliário com o consumidor. A ABRAINC já deu início a um trabalho de esclarecimento para mostrar ao mercado, em especial aos clientes, todas as etapas do processo de incorporação, as atribuições dos agentes envolvidos por trás de cada etapa de trabalho, que somadas, integram o valor de um imóvel. A proposta é mostrar o ciclo da incorporação e as diversas atividades que se iniciam antes mesmo da aquisição de cada terreno para desenvolvimento do projeto imobiliário e que acabam interferindo no processo de produção imobiliária. Já no primeiro trimestre de 2015 a associação terá a conclusão deste trabalho, que tem como meta informar e tornar as relações com os clientes cada vez mais transparentes. Em 2015, pretendemos também avançar juntamente com outras entidades e instituições na discussão sobre as cidades em questões como mobilidade, sustentabilidade e soluções para seu crescimento.

No campo do Programa Minha Casa, Minha Vida, a sinalização de continuidade já dada pelo Governo Federal reforça a aposta que o setor vem dando ao projeto, onde continuará atuando e propondo soluções para aperfeiçoar o programa e sua capacidade de inclusão de faixas de renda que dele necessitam para seu acesso à moradia.

Fonte: Isabela Cury

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