Entidades ligadas ao setor da construção vão discutir com o governo como destinar recursos extras liberados para obras do MCMV (Minha Casa, Minha Vida) e, assim, evitar judicialização.
A Caixa Econômica Federal anunciou, na última segunda (12), que suspendeu as contratações na faixa 1,5 do programa, voltada para famílias com renda mensal de até R$ 2.600, por falta de recursos.
Um dia depois, o conselho curador do FGTS, que financia o programa, liberou R$ 500 milhões para a continuidade de obras.
O destino do subsídio, porém, ainda não foi decidido, segundo um membro da equipe do ministério das Cidades.
“Conversamos com a Caixa e as empresas e, pelo que vimos, a estratégia é priorizar as faixas 2 e 3 porque elas permitem entregar mais unidades com menos recursos”, diz Renato Lomonaco, da Abrainc (das incorporadoras).
Antes de qualquer decisão, será preciso checar os cálculos do MCMV, afirma José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara setorial).
“Vamos procurar o ministro na segunda-feira [19] e discutir qual será o destino dos R$ 500 milhões. A Caixa terá de mostrar as contas, porque há muita obra parada no país”, afirma ele.
“Se já contratei com a Caixa um financiamento para um projeto na faixa 1,5 e comecei a construir? Ficará por isso mesmo? Isso é quebra de contrato, trará judicialização.”
Fonte: Folha de S. Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário