terça-feira, 30 de agosto de 2011

SP ´VENDAS DE IMÓVEIS DESPENCAM NO PRIMEIRO SEMESTRE

As vendas de imóveis residenciais novos na cidade de São Paulo recuaram 31,3% no primeiro semestre de 2011 frente ao mesmo período de 2010, passando de 17.005 unidades para 11.680. Os dados foram divulgados hoje (30) pelo Secovi-SP (Sindicato da Habitação) durante apresentação do balanço semestral do mercado imobiliário. Até o final do ano a entidade estima que sejam comercializadas 32 mil unidades, com queda de 9% frente às 36 mil vendas realizadas no ano passado. Clique nos gráficos abaixo para ampliar
No mesmo período, os lançamentos tiveram leve alta de 3%, saindo de 13.581 unidades nos primeiros seis meses de 2010 para 13.992 de janeiro a junho de 2011. No acumulado do ano, a projeção é de que os lançamentos cheguem a aproximadamente 38 mil unidades, empatando com o resultado de 2010.
A velocidade de vendas, medida pelo índice de vendas sobre oferta (VSO), sofreu retração, passando de 21,6% ao mês no primeiro semestre de 2010 para 13,2% ao mês em igual período de 2011. Significa que, em média, os empreendimentos têm sido vendidos em até oito meses.

De acordo com Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, "essa velocidade mostra um mercado bastante saudável". Para ele, dificilmente as empresas voltarão a experimentar VSO equivalente ao de 2010, cuja média do ano foi de 23,2% ao mês. "Hoje ninguém está deixando dinheiro na mesa, ou seja, ninguém está vendendo com uma velocidade assustadora", comenta o economista.

Petrucci ressalta que a participação do segmento econômico foi menor no primeiro semestre de 2011, já que o programa Minha Casa, Minha Vida ficou paralisado nas faixas mais baixas de renda até meados de julho, o que também teria ajudado a derrubar a velocidade de vendas.

Resultados por tipologia

A desaceleração da oferta no segmento econômico impactou também o perfil dos lançamentos deste ano. As unidades residenciais de quatro ou mais dormitórios ampliaram sua participação no mercado e responderam por 11% dos lançamentos nos primeiros seis meses de 2011. Em período equivalente do ano anterior, esta fatia era de 8%. Já as vendas nesta tipologia não acompanharam o crescimento, reduzindo sua participação de 19% para 14%. "Esses produtos mais caros já devem ter alcançado o limite da disposição do público para pagar os preços que estão sendo cobrados. Ainda assim, as empresas estão lançando. Elas preferem vender mais devagar, mas garantindo uma margem de lucro maior", comenta Petrucci. Chama a atenção também o desempenho das unidades de um dormitório, que aumentaram sua fatia nos lançamentos de 12% para 15% e nas vendas de 11% para 16%.

Região Metropolitana

Na região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, foram vendidas 24.178 unidades no primeiro semestre de 2011. Houve variação negativa de 28% frente ao mesmo período de 2010, quando foram comercializadas 33.576 unidades. Os lançamentos, nos mesmos períodos, sofreram retração de 9% - de 27.187 unidades em 2010 para 24.739 em 2011 - e o VSO médio caiu de 19,1% para 13,5% ao mês.

Fonte: Pâmela Reis PINI Web

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