De acordo com Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, "essa velocidade mostra um mercado bastante saudável". Para ele, dificilmente as empresas voltarão a experimentar VSO equivalente ao de 2010, cuja média do ano foi de 23,2% ao mês. "Hoje ninguém está deixando dinheiro na mesa, ou seja, ninguém está vendendo com uma velocidade assustadora", comenta o economista.
Petrucci ressalta que a participação do segmento econômico foi menor no primeiro semestre de 2011, já que o programa Minha Casa, Minha Vida ficou paralisado nas faixas mais baixas de renda até meados de julho, o que também teria ajudado a derrubar a velocidade de vendas.
Resultados por tipologia
A desaceleração da oferta no segmento econômico impactou também o perfil dos lançamentos deste ano. As unidades residenciais de quatro ou mais dormitórios ampliaram sua participação no mercado e responderam por 11% dos lançamentos nos primeiros seis meses de 2011. Em período equivalente do ano anterior, esta fatia era de 8%. Já as vendas nesta tipologia não acompanharam o crescimento, reduzindo sua participação de 19% para 14%. "Esses produtos mais caros já devem ter alcançado o limite da disposição do público para pagar os preços que estão sendo cobrados. Ainda assim, as empresas estão lançando. Elas preferem vender mais devagar, mas garantindo uma margem de lucro maior", comenta Petrucci. Chama a atenção também o desempenho das unidades de um dormitório, que aumentaram sua fatia nos lançamentos de 12% para 15% e nas vendas de 11% para 16%.
Região Metropolitana
Na região metropolitana de São Paulo, incluindo a capital, foram vendidas 24.178 unidades no primeiro semestre de 2011. Houve variação negativa de 28% frente ao mesmo período de 2010, quando foram comercializadas 33.576 unidades. Os lançamentos, nos mesmos períodos, sofreram retração de 9% - de 27.187 unidades em 2010 para 24.739 em 2011 - e o VSO médio caiu de 19,1% para 13,5% ao mês.
Fonte: Pâmela Reis PINI Web
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