Dedicar-se ao mercado imobiliário no Brasil ou em qualquer parte do mundo é uma tarefa complexa, tamanha a sua quantidade de determinantes e condicionantes que afetam e direcionam este setor: alta gama de produtos, consumidor cada vez mais volúvel, exigente, informado e menos fiel, canais de vendas que ultrapassam os limites físicos das estruturas empresariais.
Sobreviver neste mercado é um desafio não só para pequenas empresas, mas também para as nacional e internacionalmente reconhecidas. Hoje, não basta ter uma boa equipe de vendas, o consumidor exige muito mais: seja online, no PDV, no telemarketing ou através dos representantes de vendas, ele quer prontidão, comprometimento, dedicação, segurança… Uma lista interminável de desejos e expectativas.
Hoje, com a realidade sem limites que e-commerce e o mundo virtual proporcionam, é possível ver que se abre um novo horizonte para o setor. As pesquisas impressionam e mostram que Brasil é o 5º país no ranking mundial em número de conexões a internet; 44% da população urbanas está conectada, somos os líderes mundiais em tempo de navegação; e, em 2012, o Brasil deverá ter cerca de 100 milhões de computadores.
O mercado não dá espaço para amadorismo e o consumidor do século 21, pressionado pela falta de tempo, anseia cada vez mais por conveniências e tem enxergado a comodidade das infinitas informações sobre o mercado que a internet proporciona. Este novo consumidor sai às compras sabendo exatamente o que deseja. Muitas vezes conhece mais do produto que o próprio corretor. E neste mercado em que tudo está acessível a um clique a comunicação e posicionamento quando não bem geridos, transformam grandes marcas em tragédias.
Quantos casos vemos, diariamente, onde consumidores mal atendidos, com prazos descumpridos, promessas enganosas e tantas outras situações, anunciam aos quatros cantos o acontecimento? Inúmeros! E, a meu ver, muitas vezes o pós-venda age prematuramente. Na realidade muitas empresas ainda não estão preparadas para situações de crise. E assim, agregada a super exposição que a realidade virtual proporciona, vemos as mídias sociais sendo aliadas dos consumidores ferozes e ávido por seus direitos.
A internet, a globalização e as peculiaridades que o mundo moderno nos proporcionou geraram profundas alterações no modo em que o mercado imobiliário caminha: precisamos ter sempre em mente que o varejo deve ser dinâmico e deve adaptar-se a estas mudanças.
O assunto é complexo e ilimitado. Entretanto uma situação temos clara: a empresa que hoje vende apenas imóveis vai continuar a perder espaço para a que se propõe a vender sonhos e materializar segurança e tranqüilidade. Este é o mercado brasileiro. Este é o consumidor desta realidade.
Autora: Natália Gadelha / Relações Públicas pela UFPB, pós-graduanda em Marketing Avançado e especialista em Planejamento de Marketing, pela Universidad de Palermo em Buenos Aires/AR.
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