Nos últimos anos temos presenciado uma forte disseminação da tecnologia. A inteligência artificial, área da ciência da computação que trabalha com sistemas e equipamentos capazes de simular a capacidade humana de raciocinar e realizar tarefas, deixou de ser coisa de filme de ficção e hoje está presente nas mais diferentes áreas, de serviços bancários à indústria.
Segundo dados da consultoria IDC, os gastos mundiais com os sistemas de Inteligência Artificial e os sistemas cognitivos chegarão, em 2022, a nada menos que US$ 77,6 bilhões. Vale lembrar que a previsão para 2018 nesta área era de despesas na ordem US$ 24 bilhões, o que deixa claro o potencial dessa área.
Para se adaptar ao novo comprador, cada vez mais conectado, o mercado imobiliário brasileiro também abraçou a tecnologia. E não foi só na estrutura de novos empreendimentos, que agora trazem itens como infraestrutura para internet das coisas, pontos para recarga de carro elétrico ou mesmos aplicativos de smartphones que conectam moradores.
A tecnologia chegou também à forma de vender imóveis. Os tradicionais panfletos distribuídos no semáforo, anúncios de jornal e feirões perderam espaço quando o assunto é conquistar compradores. Saiu de cena o tradicional e entrou o digital, representado por ações como mídia programática, robôs de atendimento com Inteligência Artificial, redes sociais, óculos de realidade virtual e muito mais. Algumas construtoras, por exemplo, simplesmente não investem mais em mídia impressa. O motivo disso? Vejamos um levantamento feito pela Hypnobox (empresa que criou o robô de atendimento Chatbox): ao pegar uma base de 12.000 atendimentos por meio de robô, foi constatado que a conversão entre lead e venda, quando atendida por chatbot, tem uma taxa 8 vezes maior.
No centro dessa mudança está a Inteligência Artificial. Os robôs de atendimento já são utilizados na venda de milhares de prédios no Brasil. E como isso funciona? O atendente virtual entrevista online previamente o possível comprador e consegue entender sua intenção de compra (e até o seu estado de humor!). Também fornece com rapidez informações como as plantas dos imóveis. E agenda visitas. Só então esse cliente é direcionado para o corretor de imóveis.
Mas os robôs vão substituir as pessoas? O corretor vai perder seu emprego? Estudos do mercado imobiliário apontam que apenas 40% das pessoas que entram em contato estão realmente interessadas em falar com o corretor. Mas eles não devem substituir os humanos, mas sim nos ajudar a trabalhar apenas com as funções nas quais somos bons e necessários.
Com os robôs, é possível atender melhor o cliente e economizar o bem mais valioso para o profissional de imóveis, que é o seu tempo (esses minutos e horas ganhos resultam em novos negócios e, consequentemente, em mais dinheiro). O corretor recebe o chamado lead enriquecido, com dados como nome, telefone, como pretende receber o contato do corretor, quanto pode pagar, quando pretende tomar a decisão…
Além disso, as informações de todo o processo de contato ficam armazenadas, alimentando um grande banco de dados que é essencial para entender o comportamento do cliente e impulsionar as vendas. Vale lembrar que, no processo tradicional, muitas vezes essa informação simplesmente se perde, pois muitos corretores não inserem esse dado no sistema, seja por falta de tempo ou mesmo de interesse. Sem dúvida, a Inteligência artificial chegou para também revolucionar a forma de vender imóveis.
Rafael Meireles Yoshioka - CEO da Hypnobox
Nenhum comentário:
Postar um comentário