O preço do aluguel em nove cidades brasileiras medido pelo índice FipeZap, com base em anúncios online, acumulou entre janeiro e março deste ano uma alta de 0,85%, com queda em termos reais de 2,98%.
Isso por que a inflação registrada pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mesmo período foi de 3,83%.
Desde junho de 2014, a alta de preços tem feito com que os valores de aluguéis apresentem recuo mensal em termos reais (quando descontada a inflação). Nos últimos 12 meses, a inflação teve um efeito corrosivo: a queda nos valores de locação em março de 2015 na comparação com o mesmo mês de 2014 chegou a 6,11%. Em março, além de uma queda em termos reais de 1,01%, a variação do preço de locação foi inferior à do IGP-M (usado normalmente como parâmetro para o reajuste de contratos vigentes): alta de 0,31% contra 0,98%.
Quando analisada a rentabilidade do investidor que opta por locar seu imóvel ao invés de vendê-lo, observa-se que o mercado imobiliário está menos atrativo em relação a outras opções de investimento. Em março de 2015, o retorno médio com aluguel foi de 4,9% ao ano. Ao mesmo tempo, a taxa de juros real no Brasil foi de 6,1%, segundo o Banco Central. No Rio e em Brasília, a rentabilidade anual do aluguel foi de 4,3%, e em São Paulo, 5,2%. Desde setembro de 2014 a “taxa do aluguel” está abaixo dos juros reais. Na comparação mensal, entre fevereiro e março de 2015, Salvador e São Bernardo do Campo registraram os maiores aumentos, com altas de 2,07% e 1,85%, respectivamente. Já Curitiba (1,24%), Santos (0,21%) e Brasília (0,09%) foram as cidades que registraram queda nominal no preço médio.
O preço médio anunciado para locação por m² nas nove cidades pesquisadas em janeiro de 2015 foi de R$ 34 ao mês. A cidade com o m² mais caro foi o Rio de Janeiro (R$ 41 ao mês), seguida por São Paulo (R$ 38 ao mês) e Brasília (R$ 31 ao mês). O aluguel mais barato foi em Curitiba (R$ 16 ao mês). Os preços anunciados para locação considerados para o cálculo do índice são para novos aluguéis. Ou seja, o índice FipeZap não mede a variação dos contratos vigentes.
Fonte: O GLOBO Online
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