O FMI anunciou o lançamento de um índice que irá monitorizar os preços dos imóveis e as suas oscilações entre os países, dado considerar de grande importância registar estes movimentos e evitar bolhas nos ativos e crises financeiras.
"A era da negligência benigna da expansão imobiliária acabou", disse o vice-diretor executivo do Fundo, Min Zhu. Citado pela Bloomberg. Zhu sublinhou que os preços dos imóveis não têm sido, até agora, alvo de atenção suficiente, sendo necessário suprir essa lacuna, dada a sua potencialidade para criar bolhas nos ativos e, consequentemente, crises financeiras.
O FMI recorda o estouro da bolha no mercado imobiliário, que levou à mais recente crise financeira mundial, que teve a sua génese no chamado "subprime" - empréstimos hipotecários considerados de alto risco, devido à fraca capacidade do devedor para cumprir os seus pagamentos. A crise do subprime tornou-se sinônimo de crise no mercado imobiliário, já que este foi um dos primeiros indicadores de descarrilamento da economia norte-americana.
De modo a partilhar informação entre países, bem como as análises aos diferentes mercados imobiliários, e visando debater a eficácia das respostas políticas, o FMI lançou uma página na Internet – Global Housing Watch – que irá providenciar os dados relativos a esses indicadores.
Este índice do FMI irá monitorizar os preços das casas em 51 países,
No ano passado, segundo o Fundo, 33 dos 51 países que vão constar deste índice do FMI deram mostras de aumento dos preços das casas face aos rendimentos e às rendas. "Estes preços estão bem acima das médias históricas numa grande maioria de países", salienta o organismo liderado por Christine Lagarde.
Tendo em conta os preços das casas face aos rendimentos das famílias, as habitações continuam fora do alcance de muitas pessoas, com destaque para a Bélgica, Canadá e Austrália.
Ainda de acordo com o FMI, os preços mundiais das casas estão a subir há sete trimestres consecutivos.
Fonte: SÁBADO Notícias
Nota do Editor:
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