As instituições financeiras já começaram a fechar a torneira de uma das linhas consideradas mais promissoras na praça: o crédito pessoal com garantia de imóvel financiado. O Itaú Unibanco, maior banco privado do País, já está avisando aos clientes que essa modalidade foi suspensa de modo preventivo e temporário. Outros bancos devem seguir o mesmo caminho a partir de quinta-feira, dia 12.
O motivo é a caducidade nesta semana da Medida Provisória (MP) 992, publicada em julho e que trazia dispositivo permitindo que um imóvel pudesse ser usado como garantia para mais de um empréstimo. O intuito era expandir o potencial de uso do imóvel como garantia – algo que reduz o risco de calote para as instituições financeiras e reduz os juros nas operações para os consumidores.
Sem votação no Congresso por falta de acordo político, a MP 992 vai perder a validade. A opção de uso de um mesmo imóvel como garantia de um segundo empréstimo pessoal era a esperança entre os bancos para deslanchar de vez a modalidade, que também é conhecida como home equity.
A proposta também conta com apoio do Ministério da Economia e do Banco Central, que devem reapresentá-la no ano que vem. Por sua vez, a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) diz que o crédito pessoal com imóvel quitado como garantia continua em vigor. A restrição diz respeito apenas ao imóvel já financiado.
Com a carteira estacionada em torno de R$ 10 bilhões a R$ 11 bilhões há mais de dois anos, esta linha enfrenta barreiras culturais que dificultam seu avanço, como medo do tomador em perder o imóvel até a pouca divulgação desse tipo de crédito, o que vinha mudando aos poucos.
Fonte: ESTADO DE S. PAULO
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